A ex-assessora parlamentar Kátia Rosana Mello registrou ontem boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher de Curitiba contra o vereador curitibano Professor Galdino (ex-PV) por assédio sexual. Kátia acusa o parlamentar de pedir que ela fizesse sexo oral nele. O fato teria ocorrido no dia da diplomação dos candidatos eleitos na eleição municipal de Curitiba 18 de dezembro no teatro da Universidade Positivo.
Segundo Kátia, no dia seguinte ela informou a Galdino que não iria mais compor o seu gabinete devido, principalmente, a atitude do dia anterior. O vereador, então, teria oferecido a Kátia um salário de R$ 5 mil para que ela continuasse em seu gabinete.
"Galdino disse para eu trabalhar com ele com esse salário de R$ 5 mil e que poderia me proporcionar muitas coisas e fez outra alusão sexual", contou Kátia, durante coletiva de imprensa ontem. Depois disso, Kátia afirma que enviou um e-mail para todo o grupo que integraria o gabinete de Galdino informando que não participaria da equipe.
Ela conta que não procurou a polícia antes para evitar exposição da sua imagem, mas que depois da divulgação do caso na imprensa e devido às declarações de Galdino contra ela, resolveu apresentar queixa à polícia.
A primeira denúncia de Kátia contra Galdino foi apresentada em 10 de março ao presidente do PV no Paraná, Melo Viana. "Depois que vi que não só eu fui assediada, eu tomei a iniciativa de enviar a carta para o presidente do partido", declarou. Ela garante que não sabia que estava aberto um processo na comissão de ética dentro da legenda contra o vereador quando tomou a atitude de denunciá-lo.
Kátia informou que também deve entrar com um processo por danos morais contra o parlamentar por causa das declarações que ele deu a imprensa a respeito dela. Em entrevistas, Galdino teria declarado que a ex-funcionária o tentou extorquir. A reportagem da Gazeta do Povo tentou entrar em contato com o vereador ontem, mas ele não foi localizado. Na quarta-feira, Galdino negou a acusação de assédio e cobrou provas do partido. (CO)
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