• Carregando...
Barbosa criticou os partidos | Valter Campanato/ABr
Barbosa criticou os partidos| Foto: Valter Campanato/ABr

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, disse ontem que não pretende se candidatar à Presidência da República. "Não tenho a menor vontade de me lançar candidato a presidente", afirmou ele. Barbosa, porém, agradeceu a lembrança de seu nome em pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, na qual ele aparece como o preferido dos manifestantes de São Paulo para a sucessão presidencial.

Barbosa, que se reuniu na tarde de ontem com a presidente Dilma Rousseff para discutir as manifestações que tomam conta das ruas, disse que "o país vive uma crise de representação política". Ele defendeu uma reforma política que diminua o peso dos partidos na vida política do país. Disse ser favorável, por exemplo, a candidaturas avulsas – quando o concorrente não é filiado a partido algum.

"A sociedade brasileira está ansiosa para se ver livre desses grilhões partidários que pesam sobre seus ombros", disse o ministro, para quem o sistema deve mudar para viabilizar "pitadas de vontade popular".

Ele também afirmou ser favorável ao voto distrital – no qual o país é dividido em distritos eleitorais e cada um elege apenas um representante para a Câmara dos Deputados. E defendeu a criação do instituto do "recall" – por meio do qual um parlamentar que não está representando adequadamente o distrito que representa pode ser retirado do cargo por meio de uma votação no meio do mandato. Outra proposta do presidente do STF é a extinção da figura do suplente de senador – uma "excrescência injustificável", segundo Barbosa.

Justiça

O ministro do Supremo também defendeu mudanças na Justiça. Mostrou-se favorável à criação de mecanismos para diminuir o peso político na promoção de juízes. E defendeu a proibição de advogados atuarem em tribunais em que tenham parentes exercendo a magistratura.

"Estamos passando por momento de crise grave. O que a sociedade quer são respostas práticas rápidas", disse. "O Brasil está cansado de reformas de cúpula. O que se quer é o povo participando das discussões", afirmou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]