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Nelson Justus diz que faltam ajustes na informatização da Assembléia para disponibilizar dados da Casa na internet | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Nelson Justus diz que faltam ajustes na informatização da Assembléia para disponibilizar dados da Casa na internet| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

O presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM), foi reeleito ontem para mais dois anos de mandato à frente da Mesa Diretora da Casa com a promessa de votar o mais rápido possível o projeto que torna obrigatória a divulgação dos gastos dos deputados estaduais e a lista dos funcionários. A falta de mais transparência na Casa foi apontada pelo deputado Tadeu Veneri (PT) como o principal motivo para votar contra a chapa. Dos 54 deputados, 51 votaram favoráveis, dois estavam ausentes e Veneri foi o único voto contrário.

O presidente afirmou que o projeto da publicação dos gastos e pessoal já está praticamente pronto e pode ser votado ainda neste mês. Segundo Justus, só faltam alguns ajustes na informatização do Legislativo para disponibilizar os dados na internet.

A iniciativa de criar o projeto surgiu depois das denúncias do esquema gafanhoto. A investigação feita pela Polícia Federal e Ministério Público Federal sobre supostos funcionários fantasmas contratados nos gabinetes entre 2001 e 2004 veio à tona no mês de julho por reportagens da Gazeta do Povo.

Segundo o presidente, embora o projeto ainda não tenha sido votado, a Assembléia avançou com outras medidas, como a instalação da TV Sinal que transmite as sessões e as atividades dos parlamentares, o painel eletrônico para registrar a presença e o voto dos parlamentares, a criação do Centro de Operações Legislativas (Copelegis) e a informatização da Casa.

O deputado Tadeu Veneri concordou com os avanços, mas diz que não houve um compromisso da chapa com as mudanças que ainda devem ser feitas, como a publicação dos nomes de todos os funcionários e a prestação de contas de cada gabinete.

O presidente não quis polemizar. "Esta é a maneira do deputado protestar e colocar seu ponto de vista, mas não concordo e não entendi o que ele quis dizer", afirmou.

Dos nove integrantes da Mesa Executiva, apenas três são novos: Valdir Rossoni (PSDB), como segundo-secretário; Elton Welter do PT, na terceira-secretaria; e Edson Praczyk (PRB), na quinta-secretaria.

O restante da Mesa foi reeleita: Alexandre Curi (PMDB) como 1º secretário; o vice-presidente Antonio Anibelli (PMDB); Augustinho Zucchi (PDT), 2º vice-presidente; Felipe Lucas (PPS), terceira vice-presidência; e Cida Borghetti (PP), na quarta secretaria.

A principal mudança foi na segunda-secretaria, cargo mais cobiçado depois da presidência e da primeira-secretaria. Saiu Luciana Rafagnin (PT) e entrou Valdir Rossoni. O PT cedeu o cargo para os tucanos e ficou com a terceira-secretaria. Para Rossoni, a oposição saiu fortalecida por ganhar espaço entre os três principais cargos da Mesa. Com a eleição, Rossoni não poderá mais voltar a assumir a liderança da oposição, mas garantiu que vai manter a mesma postura crítica em relação ao governo.

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