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Reclusos desde que seu mais célebre integrante fugiu do país para evitar a prisão, familiares de Henrique Pizzolato vivem um misto de constrangimento e ceticismo em relação às acusações contra o ex-gerente de Marketing do Banco do Brasil.

Duas irmãs de Pizzolato moram em Toledo, no Oeste do Paraná. Uma delas, Sônia Pizzolato, reclama do desgaste emocional que seus pais, irmãos e ela própria dizem estar sofrendo. Segundo Sônia, seus pais, que moram na cidade catarinense de Concórdia, não dormem nem se alimentam direito desde que o escândalo ganhou as manchetes.

"As pessoas que conviveram com Henrique são céticas quanto à culpa dele, já que ele adquiriu respeito na comunidade local. A grande maioria crê mesmo que ele esteja sendo vítima de um erro judiciário ou, no mínimo, de uma cilada em que caiu, armada por alguém que quisesse colocá-lo como "boi de piranha" em toda essa celeuma", - disse Sônia, professora universitária.

"Estamos sofrendo muito e vivendo um pesadelo", disse a irmã do mensaleiro, sem dar qualquer pistas sobre para onde Pizzolato pode ter ido depois de fugir do Brasil. Enquanto é motivo de constrangimento para a família, Henrique Pizzolato sofre outro revés na sua cidade natal. Dois vereadores de Toledo apresentaram no fim da tarde de ontem um projeto de lei revogando a lei que concedeu o título de cidadão honorário do município de Toledo. O projeto ainda será analisado pelas comissões internas e não tem prazo para ser votado.

Pizzolato foi agraciado com o título em reconhecimento à sua atuação política e profissional. A homenagem foi proposta à época pelo então vereador Aldeni Araújo (PT) e outorgado, por unanimidade de votos, em sessão solene na Câmara no dia 13 de dezembro de 1994.

Candidato a governador do PR

Nos anos 80, Pizzolato participou da vida política de Toledo. Foi fundador do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, tendo sido o seu primeiro presidente de 1986 a 1992. Foi diretor nacional do Dieese de 1990 a 1993, presidente da CUT-PR (1988-92), sempre militando politicamente na linha progressista do PT. Foi candidato a prefeito nas eleições de 1988. Em 1990, foi candidato ao governo do Paraná. Em 1992, foi novamente candidato a prefeito e, em 1996, candidato a vice-prefeito. Em nenhuma das eleições obteve êxito.

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