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A modelo Ana Carolina Reston, morta na terça-feira (14) por complicações decorrentes da anorexia, tinha em sua página no Orkut várias comunidades sobre comida. Os gostos da modelo iam de melancia e pão de queijo a batata frita de lanchonetes de fast food como McDonald's e Burguer King.

Outra comunidade na página de Ana Carolina é "Magrinhas rulez". A definição diz: "Só os ossos pride [orgulho]. Para quem é só o esqueleto e não tem vergonha disso". No fim, o dono da comunidade afirma que não aprova a anorexia e a bulimia. "Beleza anda junto com a saúde e não contra ela."

A página de Ana Carolina está com mais 8.000 recados e já foi tomada por conhecidos e anônimos. Mensagens de solidariedade e pêsames foram deixadas para família. A página do namorado da modelo, Bruno Setti, também tem recebido milhares de recados. No item "quem sou eu", Bruno afirma: "Quando a gente acha que tem tudo, a gente acorda sem ter nada!"

Já foi criada, também, uma comunidade da modelo no Orkut. "Essa comunidade vai em homenagem a essa garota que queria lutar pelo sonho da mãe e pelo seu sonho, mas sua carreira promissora foi bruscamente interrompida devido a uma doença que nos últimos tempos tem se tornado lamentavelmente comum...a ANOREXIA." Com o nome da modelo, a comunidade tem 80 integrantes.

Sinais do mal

A família da modelo Ana Carolina Reston espera que a morte da jovem na terça-feira (14), por complicações decorrentes da anorexia, sirva de alerta para pais e garotas envolvidas com o mundo da moda.

Visivelmente abalada com a morte da filha, a artesã de jóias Míriam Reston pediu para que parentes de modelos redobrem a atenção com a saúde das jovens. "Cuidem dos seus filhos, abram o olho para não as perderem como eu perdi a Ana", disse à TV Globo.

Em 2003, durante os oito meses em que a modelo morou em São Paulo na casa da prima Geise Reston Strauss, a anorexia já mostrava seus sintomas. Geise lembra que já era possível notar que a jovem comia cada vez menos. "Eu notava que a alimentação dela estava diminuindo. O quadro se agravou quando ela voltou da viagem ao exterior", disse a prima ao G1.

Nos últimos meses, a modelo vestia roupas número 34. A família sugeriu que ela aceitasse a ajuda de médicos e psicólogos. "Só que ela não dizia que estava doente, por mais que a gente conversasse", contou Geise. Segundo a prima, que é produtora de eventos, Ana Carolina não apresentava sinais de depressão e se sentia realizada na profissão. "Ela teve um sonho e o viveu, mas por causa dele deixou de realizar outros", contou a prima. Ela diz que casar e ter filhos eram metas da jovem.

O último desejo da família foi expresso pela mãe de Ana Carolina. "Espero que seja exemplo para muitas meninas que não pedem ajuda e não querem reconhecer que estão doentes", pediu Míriam Reston.

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