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Entre os candidatos ao Senado, a história se repete. Não há quem não tenha tomado uma palmadinha. A petista Gleisi Hoffmann diz que levou mais de uma palmada de sua mãe. "Meu pai viajava, era representante comercial, e a responsabilidade ficava para a minha mãe, que tinha que cuidar de quatro irmãos que bagunçavam muito."

A petista diz que, em alguma vezes, também foi "mais ríspida" com os dois filhos, de oito e de quatro anos. "Já dei umas palmadinhas, mas deu dor no coração. Quando eles dormiram, eu chorei", diz.

O candidato Ricardo Barros, do PP, diz que levou palmadas, tapas e até cintadas da mãe. "Eu era muito arteiro", confessa. Segundo ele, porém, o tratamento com seus filhos é diferente. "Estamos lidando com outra geração, resolvemos mais no diálogo."

Gustavo Fruet, do PSDB, também confirma ter recebido "palmadas merecidas". "A diferença de idade entre eu e meu irmão era pouca. Então era complicado para minha mãe aguentar os dois", diz o deputado, que não tem filhos.

Criminalização

Barros e Fruet se mostram contrários à Lei da Palmada. "Os pais precisam passar os valores para os filhos e, em certas oportunidades, isso exige rigidez. A criança não pode sofrer violência, mas não podemos transformar um pai que dá um puxão de orelha em um infrator", diz Ricardo Barros.

Para Gustavo, a lei não deve avançar no Congresso, já que se acabaria igualando um ato mais severo com uma agressão. "Quem vai fiscalizar isso? Quem vai denunciar? Não é uma lei que proíba tudo que irá resolver o problema da violência contra as crianças", afirma Fruet.

Gleisi, por sua vez, tem opinião contrária. Ela se diz favorável à lei para criar um novo modelo de educação. "Não é batendo que vamos educar os filhos". Segundo ela, porém, a ideia não é criminalizar os pais que vez ou outra dão palmadas nos filhos.

A assessoria de imprensa do candidato Roberto Requião afirmou que o candidato já havia se manifestado sobre o tema pelo Twitter. A reportagem não encontrou as referências e enviou uma pergunta sobre o tema pelo microblog. Até o fechamento desta edição, o peemedebista não tinha enviado resposta.

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