Frear o excesso de medidas provisórias (MPs) e resgatar a imagem do Congresso. Estas são as principais reivindicações dos senadores, tanto governistas quanto oposicionistas, que nesta segunda-feira (2) elegem o novo presidente do Senado. Refém do Executivo, que tem legislado com MPs, e incomodados com a interferência do Judiciário, os parlamentares cobram do futuro comandante da Casa uma atitude contundente em relação à urgência e a relevância das medidas provisórias.
"É preciso conter a edição de MPs. Só dessa forma teremos espaço para discutir uma pauta de prioridades", afirma o líder do DEM, José Agripino Maia (RN). "Só com o fim das MPs e com a melhora da imagem do legislativo o Senado poderá desempenhar seu papel de origem", acrescenta o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
A petista Serys Slhessarenko (MT) engrossa o coro das críticas ao abuso das medidas provisórias. Crítico ferrenho do governo, Pedro Simon (PMDB-RS) adverte: "Não podemos aceitar que o governo Lula faça como o governo Fernando Henrique Cardoso e governe por medidas provisórias. O Congresso tem de ter poder de devolver essas medidas, que são inconstitucionais".
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