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Integrantes do PR afirmam que a nomeação do baiano César Borges para o Ministério dos Transportes não garante o apoio incondicional do PR ao PT nas eleições de 2014.

Apesar de considerar a indicação como um importante gesto de Dilma Rousseff para manter o PR em seu palanque, os membros do partido afirmam que não existe compromisso em apoiar os candidatos da presidente nos Estados.

"A tendência é apoiar Dilma em nível nacional, mas não temos compromissos nos Estados. Cada um tem sua lógica e realidade", afirma o líder do PR na Câmara, Anthony Garotinho.

Na bancada, a avaliação é de que o apoio à reeleição da presidente seria um caminho natural. Mas o deputado Luciano Castro (PR-RR) afirma que o tema ainda não foi discutido pelo partido.

O nome de César Borges não era a primeira escolha do PR. Prevaleceu, contudo, a vontade de Dilma. "Havia sugestão de outros nomes como o meu e o do deputado Jaime Martins (MG). Cabe a nós respeitar a escolha da presidente. Houve uma opção política de ser alguém do Nordeste", afirma Luciano Castro.

O deputado Lincoln Portela (PR-MG) pondera que nenhum nome seria unânime dentro da legenda. "Fossem quem fosse, teria insatisfação", diz o deputado, lembrando que, como César Borges não tem mandato, ele pode permanecer nos Transporte num eventual segundo mandato de Dilma.

Apesar do nome de Borges não ser unânime, a decisão da presidente contempla o partido, que havia sido excluído da Esplanada na faxina ética promovida pela presidente em 2011. Ela reabilitou o grupo de Alfredo Nascimento, senador e presidente nacional do PR, que deixou a principal cadeira do Ministério dos Transportes depois de acusações de que havia um esquema de superfaturamento de obras na pasta.

JantarA cerimônia de posse está marcada para as 9h30 de amanhã no Palácio do Planalto. À noite, Garotinho promove um jantar do novo ministro com a bancada de 34 deputados e seis senadores na tentativa de aproximar Borges dos congressistas do PR.

Apesar de o novo ministro já ter sido senador, a avaliação de integrantes da própria bancada é de que ele não transita bem entre os deputados e senadores do partido. Borges deixou o PFL (atual DEM) e foi para o PR em 2007, depois da morte de Antonio Carlos Magalhães, de quem foi aliado na Bahia.

Com orçamento total autorizado de R$ 10 bilhões para 2013, o Ministério dos Transportes é uma pasta que tradicionalmente contabiliza muita emenda parlamentar para asfaltar e conservar rodovias.

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