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Na reunião com os deputados petistas, Lula bateu pesado nas CPIs em curso, notadamente a dos Bingos. "Fico muito irritado quando vejo um ladrão perguntando para uma pessoa honesta", vociferou o presidente.

Arroz-de-festa – Lula gostou especialmente da intervenção de Leonardo Medeiros (PT-MG), que relatou ter sido abordado no supermercado por um eleitor que defendia um segundo mandato para o presidente sob o argumento de que o arroz baixara muito de preço. "Então! Por que não divulgamos isso?", exortou Lula.

CPI do sorteio – Com tanta denúncia na praça, houve quem levantasse suspeita sobre a lisura do sorteio que definiu os oradores do encontro com o presidente, a maioria do baixo clero e nenhum dos sete cassáveis. "Acho que os nomes deles não foram colocados nos papéis", apostou um deputado.

Trio parada dura – Petistas no corredor da cassação enxergam digitais de Aldo Rebelo (PC do B-SP), Eduardo Campos (PSB-PE) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), com aval do Planalto e do comando do partido, na tentativa de costurar a renúncia coletiva do grupo.

Não fica um – "Alguns vão ficar na esperança de se salvar no plenário. Mas é uma doce ilusão. Serão todos cassados", vaticina um governista segundo quem a Mesa Diretora e o Conselho de Ética, sob o olhar da opinião pública, não moverão palha para salvar nenhum dos "mensaleiros".

Bombachas de molho – Em pleno corpo a corpo na tentativa de evitar ou no mínimo postergar sua cassação, José Dirceu (PT-SP) pediu ajuda a um parlamentar gaúcho para convencer a bancada do estado de sua inocência. Como resposta, ouviu que, ali, suas chances de sucesso são remotas.

Faltou o principal – Até Marcos Valério estranhou o fato de Delúbio Soares ter escapado da acareação aprovada pela CPI do Mensalão. Além do empresário, outras cinco pessoas ficarão frente a frente para debater o repasse de recursos a parlamentares. "Não chamaram o dono do dinheiro", reclamou.

Linha direta 1 – A quebra dos sigilos telefônicos de Delúbio Soares revelou seis ligações do ex-tesoureiro do PT, durante o governo Lula, para Marcus Flora, que foi secretário-executivo da Secom na gestão de Luiz Gushiken.

Linha direta 2 – Flora entrou no mapa da CPI dos Correios em razão dos contratos das agências de publicidade de Marcos Valério com o governo e dos registros de seus encontros com o empresário mineiro na agenda da ex-secretária Fernanda Karina Somaggio.

Pilha nova – A CPI dos Correios ganhará munição na próxima semana. O Tribunal de Contas da União avisou ontem que entregará uma primeira leva de relatórios finais sobre suas investigações em contratos do governo.

Livre-expressão – O senador Delcídio Amaral (PT-MS) alega que o termo "orçamentação", por ele utilizado em sessão da CPI dos Correios, é de uso corrente no Congresso, embora não seja dicionarizado.

Calendário – Será no dia 18 de novembro, uma sexta-feira, e não no dia 19, a convenção em que o senador Tasso Jereissati (CE) será escolhido presidente do PSDB.

No ar – O novo presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), irá na próxima terça-feira ao "Programa do Jô".

TIROTEIO

* Do prefeito do Rio, César Maia (PFL), a respeito da renovada loquacidade do presidente da República, que passou a semana atacando a suposta falta de "concretude" das investigações sobre seu governo e ontem disse, referindo-se à oposição, que "não somos iguais a eles":

– Lula está saliente porque recebeu a visita da saúde. Aquela visita que precede o coma.

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