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Prefeitos do interior herdam caos

Não tem nem 15 dias que os novos prefeitos assumiram os cargos, mas o tempo foi suficiente para que eles se deparassem com graves problemas herdados da administração anterior. Prefeituras quebradas, com dívidas milionárias e uma estrutura física e logística precária: esse tem sido o cenário encontrado em diversos municípios do Paraná.

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Prefeituras devastadas e falidas, sem qualquer condição de trabalho, não são uma realidade apenas de municípios paranaenses. Mesmo com o rigor da Lei de Responsabilidade Fiscal, a situação se repetiu por todo o país. Mas em algumas cidades o bom senso foi extrapolado.

O prefeito João de Lima (PMDB), de Bujari, no Acre, encontrou fezes no hall da prefeitura em seu primeiro dia de trabalho no cargo. E não foi só isso. Em cima das mesas do gabinete haviam restos de comida, garrafas e lixo. Em meio a toda a sujeira, documentos públicos. Diante do cenário, o prefeito decidiu despachar debaixo de uma árvore em frente do prédio.

Já em Almadina, município baiano, o novo prefeito, José Rai-mundo Santos (PMDB), se deparou com uma cobra debaixo da mesa.

Situação inusitada também viveu a nova prefeita de Mimoso de Goiás, Miriã de Souza Vidal (PRB). Além de assumir uma cidade que não tinha coleta de lixo desde o período eleitoral, contas atrasadas desde outubro de 2008 e sumiço de arquivos dos computadores, a prefeita afirma que, desde sua posse, o ex-prefeito Antonio Tavares (PTB) continua movimentando as contas da prefeitura, com retiradas que somam R$ 60 mil.

O comportamento de certos políticos derrotados nas urnas, que abandonam suas cidades após o pleito, chama a atenção do cientista político e consultor da ONG Transparência Municipal, François Bremaeker. "Isso não tem nada a ver com a Lei de Responsabilidade Fiscal, tem a ver com o caráter das pessoas", diz.

A ex-governadora do Rio de Janeiro Rosinha Matheus (PMDB) também encontrou um cenário dramático ao assumir a prefeitura de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense: repartições às escuras, carros oficiais parados por falta de combustível e telefones desligados.

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