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O marido da promotora de Justiça do Distrito Federal Deborah Guerner, Jorge Guerner, afirmou nessa quinta-feira (19) que a inocência dele e da mulher será provada na Justiça. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região decide hoje se abre ação contra o ex-procurador-geral do Ministério Público do Distrito Federal Leonardo Bandarra e a promotora de Justiça por denúncias relacionadas ao mensalão do DEM. Se o pedido, feito pelo Ministério Público Federal em outubro do ano passado, for aprovado, Bandarra e Guerner se tornarão réus em processo criminal.

"Você acha que acabou? Estamos apenas começando e nossa inocência será provada. Confiante? Eu tenho certeza. Minha mulher vai ter a inocência dela provada", afirmou Jorge Guerner.

A promotora e Bandarra são acusados dos crimes de extorsão, quebra de sigilo funcional, prevaricação e formação de quadrilha. Segundo denúncias do delator do suposto esquema, Durval Barbosa, Guerner e Bandarra teriam cobrado R$ 2 milhões do ex-governador José Roberto Arruda para não divulgarem o vídeo em que ele aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa. O ex-procurador-geral do Ministério Público do DF e a promotora negam as acusações.

O casal Guerner chegou a ficar 8 dias preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, acusado de interferir do processo ao simular insanidade mental. Além disso, de acordo com Barbosa, Bandarra e Guerner teriam cobrado propina para vazar informações da Operação Megabyte da Polícia Federal.

O marido da promotora negou todas as acusações e que não há provas de que ela tenha cometido algum crime. Jorge Guerner negou que tivesse origem ilícita o dinheiro encontrado em um cofre, enterrado no jardim da casa deles, no Lago Sul, bairro nobre da capital.Jorge Guerner afirmou que a promotora tem esquizofrenia e transtorno bipolar e toma cerca de 8 a 10 remédios por dia.

"Nada foi visto, nada foi achado. Eu sou empresário e tenho o direito de guardar dinheiro onde eu quiser. Minha mulher tem um doença extravagante e pode ser internada a qualquer momento e plano de saúde não cobre a doença dela", disse Guerner ao justificar a quantia guardada em casa. Segundo ele, o dinheiro ficava enterrado também para que a promotora não gastasse durante supostas crises da doença.

"Minha mulher é incontrolável, a doença dela é incontrolável. A imprensa não deu chance para ela. Vocês estão prejudicando a vida da gente. Já perdi negócios", continuou o marido da promotora.

Durante o desabado, Jorge Guerner afirmou que ele e a esposa não mantêm relações com o ex-procurador de Justiça do DF Leonardo Bandarra. Segundo Guerner, as ligações noturnas entre a promotora e Bandarra, registradas no sigilo telefônico, aconteceram porque ela costuma dormir pouco e ligar para as pessoas de madrugada.

Julgamento

A sessão que vai definir se Bandarra e Guerner passarão a responder processo como réus começou com a decisão dos desembargadores de analisar a alegação de insanidade, apresentada pela defesa da promotora.

Os desembargadores do TRF1 decidiram que o julgamento sobre a saúde mental de Deborah Guerner seria feito em sigilo e todos os jornalistas, advogados e outros acusados foram retirados do plenário. Apenas Deborah Guerner e seu advogada participam da sessão.

Depois da decisão sobre a insanidade alegada pela promotora, o tribunal começará a analisar as denúncias relacionadas ao mensalão do DEM.

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