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Lula discursa no lançamento do programa, na presença de 30 ministros e 18 governadores : PAC 2 prevê obras de transportes, urbanização, ações sociais em áreas carentes, habitação popular e universalização dos serviços de água e energia | Antônio Cruz/ABr
Lula discursa no lançamento do programa, na presença de 30 ministros e 18 governadores : PAC 2 prevê obras de transportes, urbanização, ações sociais em áreas carentes, habitação popular e universalização dos serviços de água e energia| Foto: Antônio Cruz/ABr

Projeto eleitoral

PAC 2 está cheio de indefinições

Agência Estado

Brasília - Numa solenidade que custou R$ 170 mil aos cofres públicos, o governo juntou ontem 30 ministros, 18 governadores e centenas de prefeitos para apresentar o PAC 2. Na prática, como deixaram claro os discursos, o novo PAC é uma plataforma de promessas eleitorais da candidata do PT à sucessão presidencial, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O grosso das promessas foi dirigido ao eleitor da periferia das regiões metropolitanas, onde estão concentrados os grandes colégios eleitorais.

A indefinição sobre os projetos e investimentos ficou evidente. Na página 31 do relatório do novo PAC, o governo admite que "os investimentos em habitação e saneamento, mobilidade urbana, pavimentação e equipamentos sociais e urbanos, serão definidos entre abril e junho a partir do diálogo com estados e municípios". Na mesma página, ao tratar dos "investimen­­­tos em logística e energia", o governo admite que existe apenas uma se­­­le­­­­­ção de obras com "caráter preliminar".

Assim como o PAC 1, o novo plano nasce como uma reunião de propostas e projetos que já transitam pelos ministérios. O PAC 1, lançado em janeiro de 2007, tem 54% dos projetos que nunca saíram do papel, 11,3% das obras concluídas e 34,7% das propostas em andamento.

Brasília - A segunda etapa do plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2) tem uma previsão preliminar de investimento de R$ 1,59 trilhão e terá seis áreas principiais, com forte apelo social – característica que não estava presente na primeira versão do PAC: Cidade Melhor (obras de transportes e urbanização), Comu­­­nidade Ci­­­­dadã (ação social em áreas carentes), Minha Casa Minha Vida (habitação popular), Água e Luz para todos, transportes e energia.

Além disso, o PAC 2 será quase que integralmente desenvolvido pelos próximos governos. O R$ 1,59 trilhão previsto em investimentos, será dividido entre os períodos 2011-2014 (R$ 958,9 bilhões) e pós 2014 (R$ 631,6 bilhões), quando já haverá um sucessor do sucessor do presidente Lula.

O chamado PAC Cidade Me­­lhor tem como objetivo enfrentar os "principais desafios das grandes aglomerações urbanas propiciando melhor qualidade de vida". No PAC Cidade melhor serão investidos R$ 57,1 bilhões em projetos de saneamento, mobilidade urbana, entre outros.

Outro projeto do PAC 2 é o Comunidade Cidadã, que pretende aumentar a presença do Estado em bairros populares, com o objetivo de ampliar a cobertura dos serviços públicos. Serão investidor R$ 23 bilhões em obras como a construção de 500 unidades de pronto atendimento à saúde, 8.694 unidades básicas de saúde, 6 mil creches e pré-escolas, 10.116 quadras poliesportivas em escolas, 800 praças do PAC e 2.883 postos de polícia comunitária.

Na frente social, o governo ainda pretende investir R$ 278,2 bilhões, entre 2011 e 2014 no PAC Minha Casa Minha Vida. Serão construídas ao todo 2 milhões de unidades habitacionais.

A segunda versão PAC prevê também o chamado "PAC Água e Luz Para Todos" que pretende uni­­versalizar o acessos aos serviços de água e energia elétrica. O governo pretende investir R$ 30,6 bilhões nessa área. A intenção é realizar 495 mil novas ligações de energia no Brasil, com investimentos de R$ 5,5 bilhões e alocar outros R$ 13 bilhões na expansão da rede de abastecimento de água em áreas urbanas, com a construção de adutoras, estações de tratamento e reservatórios, além de redes de distribuição de águas.

Outra frente de atuação do PAC 2 será na área de recursos hídricos, onde o governo federal planeja investir R$ 12,1 bilhões, em 54 empreendimentos, como os projetos de abastecimento de água, complementares ao projeto do Rio São Francisco.

Em energia, deve ser investido um total de R$ 1,092 trilhão. Entre 2011 e 2014, os investimentos deverão somar R$ 465,5 bilhões e, após 2014, R$ 627,1 bilhões.

Somente em geração de energia elétrica, estão previstos investimentos totais de R$ 136,6 bilhões. A maior fatia, entretanto, está na área de petróleo e gás natural: R$ 879,2 bilhões.

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