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A bancada dos deputados federais do Paraná é formada por 30 parlamentares. Na nova legislatura que começa a partir de 1.º de fevereiro, nove políticos renovarão o grupo na Câmara Federal. Oito deles vão para o Legislativo federal pela primeira vez. Cada um, muito mais do que representar uma determinada região do estado, vai defender um setor ou uma ideologia e, como eles próprios admitem, um interesse pessoal.

Talvez pela primeira vez na história da política paranaense em Brasília, o estado terá uma representatividade mais forte. E essa nova linha poderá se dar especificamente por causa dos novatos, principalmente dois deles: André Vargas (PT) e Rodrigo Rocha Loures (PMDB). Eles, juntamente ao reeleito Gustavo Fruet (PSDB), prometem fazer a diferença do Paraná em Brasília.

Fruet é candidato a presidente da Casa e, repetindo a notoriedade que obteve como membro da CPI dos Correios, se destacou nacionalmente como um forte nome no parlamento. Vencendo ou não a disputa para a presidência, será voz ativa e ouvida em Brasília, tornando-se um forte nome de oposição ao governo federal.

O peemedebista Rocha Loures assume sua vaga prometendo ser o interlocutor dos interesses do Paraná junto ao Congresso e aos governos estadual e federal. Sua proximidade com o governador Roberto Requião (PMDB) lhe garante, segundo ele, assumir tal papel. "Quero integrar a bancada federal com o governo do estado para haver maior discussão em prol do Paraná", afirmou, analisando que essa legislatura permitirá aos novos parlamentares a chance de crescer politicamente.

O petista André Vargas, embora deverá se licenciar do cargo para se tornar secretário estadual do Trabalho, afirmou que essa mudança de posto não o fará mudar de rumo. Ele também aposta em uma proximidade com outro poderoso político para se destacar em território paranaense. Vargas, que é presidente estadual do PT, é da mesma região e amigo do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), o que facilita para ele a obtenção de recursos para o estado.

Ao lado desses três nomes, aparecem ainda Ângelo Vanhoni (PT), Barbosa Neto (PDT), Ratinho Júnior (PPS), Luiz Carlos Setim (PFL), Cassio Taniguchi (PFL), Alceni Guerra (PFL) e Alfredo Kaefer (PSDB). Com exceção de Alceni, todos estarão em Brasília como parlamentares pela primeira vez. E, talvez sem contar os nomes de Taniguchi, Kaefer e Alceni, todos tenham um mesmo sonho: ser prefeito de suas respectivas cidades-pólo nas regiões que representam. Taniguchi, mesmo se licenciando para ser secretário de governo do Distrito Federal, mantém influência em Brasília. Ratinho Júnior, Fruet, Vanhoni e Rocha Loures almejam a prefeitura de Curitiba. Barbosa Neto e Vargas, a de Londrina.

Das regiões paranaenses que vão ter representação na Câmara Federal, Curitiba e região metropolitana levam enorme vantagem e podem se beneficiar muito. Há dez parlamentares atuando por esses locais. Outros nove defendem as regiões Norte e Noroeste; seis, o Oeste, principalmente Cascavel e adjacências; três, o Sudoeste do estado, e dois a parte Central do Paraná.

A expectativa de especialistas em parlamento, como os que atuam para o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), é a de que a bancada paranaense ganhe notoriedade, mesmo com renovação inferior a 2002. No ano passado, foi de 30%. Em 2002, de 36,6%; em 1998, de 40%.

Perfil

Entre os paranaenses eleitos e reeleitos, há 12 empresários e 19 com curso superior completo. Os ruralistas ficaram reduzidos a três. A bancada evangélica possui apenas um representante. Há, na bancada no estado, desde médicos, advogados, engenheiros, professores, contadores e economistas.

Na composição partidária, a maior bancada ficou com o PMDB, que elegeu oito deputados federais. Os peemedebistas são seguidos pelo PFL, com cinco parlamentares; PSDB e PT, com quatro cada; PP, com três, PPS e PL, com dois por partido, e um do PDT e outro do PTB.

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