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Com o novo Congresso empossado, o primeiro desafio da presidente Dilma Rousseff será a aprovação do novo salário mínimo com o valor definido pelo governo que, até agora, é de R$ 545. Logo após a sessão de posse, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, afirmou hoje que o mínimo terá de ficar, pelo menos, acima de R$ 550.

O deputado e dirigente sindical antecipou que o PDT já elaborou duas emendas a serem apresentadas à medida provisória que deverá ser enviada pela presidente ao Congresso nos próximos dias. A primeira emenda, que será apresentada por Paulinho, fixa o mínimo em R$ 580 e estabelece o aumento de 10% para as aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A segunda emenda terá a assinatura do deputado Ademir Camilo (PDT-MG) e fixará o valor do salário em R$ 560 e o índice de 7,8% de reajuste para as aposentadorias.

"Se não tivermos alguma coisa concreta para o salário mínimo, para as aposentadorias e para a correção da tabela do Imposto de Renda, vamos passar os quatro anos sem nada. Mesmo que ela Dilma Rousseff diga que vai dar aumento no futuro, nós já teremos perdido a primeira batalha", afirmou Paulinho.

"Em uma situação extrema, é melhor sair derrotado na votação do que abandonar a luta. A nossa plateia quer que continuemos no jogo", continuou. Amanhã haverá nova rodada de negociação entre os representantes das centrais sindicais e o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência). Na pauta, já anunciaram as centrais, estão o aumento do salário mínimo, o reajuste para os aposentados e a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

Paulinho afirmou que, se não houver um acordo razoável nos três itens na reunião com o governo, vai até o final na disputa no Congresso."Estamos empenhados em manter o diálogo com o governo federal, porém manteremos a pressão para alcançarmos os nossos pleitos. Vamos insistir em conquistar um salário mínimo digno para os trabalhadores brasileiros", disse Paulinho.

Quanto ao IRPF, as centrais querem uma correção na tabela de 5% por ano no período de cinco anos seguidos. Nos bastidores do meio sindical, considera-se que as centrais aceitariam um acordo com o governo que fixasse o mínimo em R$ 560 e o reajuste das aposentadorias em 7,8%.

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