• Carregando...

Ex-assessor do Ministério do Trabalho se entrega à polícia

Suspeito de integrar um esquema de fraude em licitações públicas, o ex-assessor do Ministério do Trabalho, Anderson Brito Pereira, se entregou à Polícia Federal (PF) na noite desta segunda-feira (9). A informação foi confirmada nesta terça pela superintendência da PF no Distrito Federal. Investigado pela Operação Esopo, Pereira deve ser levado ao Complexo Penitenciário da Papuda, na capital federal.

Leia mais

Ideli garante que relações com PDT não estão abaladas

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti disse nesta terça-feira (10)que as relações do governo com o PDT "não estão abaladas" por causa do afastamento do secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego Paulo Roberto Pinto. O Palácio do Planalto esperava que Paulo Pinto tivesse pedido o seu afastamento ainda nesta segunda, quando eclodiram as denúncias. O Planalto aceitou até que o pedido de afastamento fosse temporário, enquanto durassem as investigações da PF. Mas Paulo Pinto bateu o pé e não aceitou pedir e permaneceu no cargo. Só que sua situação era insustentável e ele acabou tendo de deixar o cargo, na tarde desta terça.

Leia mais

O secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) Paulo Roberto Pinto, pediu exoneração do cargo nesta terça-feira (10) um dia após a Polícia Federal (PF) apontar o suposto envolvimento dele em esquema de desvio de verbas de convênios com uma entidade sem fins lucrativos. A informação foi confirmada pela pasta, que não deu detalhes sobre o pedido de Paulo Pinto, número 2 na hierarquia do MTE. Nesta segunda (9), a informação que circulava em Brasília é que o PDT pressionou o governo para mantê-lo no cargo.

O ministro Manoel Dias (PDT) deu entrevista nesta terça sobre as denúncias envolvendo alguns de seus principais assessores. Ele afirmou que irregularidade existe em qualquer lugar e tentou desvincular a crise do partido dele.

A Operação Esopo, deflagrada nesta segunda-feira (9) pela PF, desbaratou suposto esquema para fraudar parcerias da Pasta com o Instituto Mundial o Instituto Mundial de Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC), baseado em Minas Gerais, mas com atuação em diversos estados, inclusive o Paraná. Segundo a PF, os envolvidos assediavam funcionários públicos para obter convênios, cujos serviços eram superfaturados ou nem sequer prestados. Há suspeita de que R$ 400 milhões possam ter sido desviados.

Segundo o inquérito, Paulo Pinto teria favorecido o IMDC ao determinar à Controladoria-Geral da União (CGU) que o retirasse da lista de entidades proibidas de receber recursos federais, embora inúmeras irregularidades já tivessem sido atribuídas ao instituto. O secretário-executivo foi conduzido pela PF a prestar depoimento, e liberado em seguida. Assessor de Manoel Dias, Anderson Brito foi preso. A PF diz que ele recebeu propina para favorecer o IMDC no Trabalho, fazendo gestões para que recebesse verba pública.

O presidente do IMDC, o empresário Deivson Vidal, foi preso e teve carros, dinheiro, joias e um helicóptero apreendidos. Foram realizadas buscas também no 3 andar do Ministério do Trabalho, em Brasília. O secretário-executivo do Ministério do Trabalho foi um dos alvos da operação. Roberto Pinto foi levado na segunda-feira para prestar depoimento na Superintendência da PF em Brasília. Em seguida, foi trabalhar normalmente na sede do ministério.Após a ação da PF, o Ministério do Trabalho ensaiou o afastamento temporário de Pinto mas decidiu mantê-lo no cargo.

Carta

Uma carta de Paulo Roberto dos Santos Pinto foi divulgada nesta terça-feira. No texto, ele diz ter plena convicção de que sempre agiu de acordo com os princípios éticos e balizadores da moralidade pública. "De modo a preservar a minha família e a imagem deste Ministério, decido solicitar a Vossa Excelência a exoneração do cargo de Secretário-Executivo desta pasta, para que eu possa contribuir com a elucidação dos fatos e provar a minha inocência perante as instâncias institucionais competentes", cita Paulo Pinto, dirigindo-se ao titular da pasta, Manoel Dias.

Na nota divulgada, Paulo Pinto lembra que teve duas passagens pelo MTE e que sempre procurou atuar em parceria com os órgãos de controle. Paulo Pinto até agora era secretário-executivo da Pasta, ou seja, o "número 2" do MTE, ficando atrás apenas do titular do ministério, Manoel Dias. Mas Paulo Pinto já comandou o MTE, sendo ministro do Trabalho e Emprego interino durante cerca de cinco meses, de 5 de dezembro de 2011 a 1º de maio de 2012, ou seja, no período entre a saída de Carlos Lupi do posto e a chegada de Brizola Neto.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]