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Além de autorizar saques em dinheiro, Marcos Valério fazia transferências eletrônicas do Banco Rural para contas de deputados. Em julho de 2004, Romeu Queiroz (PTB-MG) recebeu R$ 50 mil e João Magno (PT-MG), R$ 30 mil.

Outro lado – Romeu Queiroz se disse surpreso com o depósito e afirmou que vai checar a informação. João Magno não foi localizado.

De caso pensado 1 – A CPI dos Correios suspeita que algum parlamentar ou membro do corpo técnico tenha retirado de seu arquivo a cópia do cheque de R$ 100 mil (Banco Rural) com a mesma data em que foi quitado empréstimo do Fundo Partidário do PT para Lula: 30 de dezembro de 2003.

De caso pensado 2 – Na folha impressa com os dados do cheque restou a marca do grampo onde a cópia esteve anexada. Além disso, na relação de documentos do Banco Rural entregues à CPI há uma marca de caneta justamente nos dados referentes a essa movimentação.

Unidade de referência – A CPI dos Correios estuda limitar a análise dos documentos referentes às quebras de sigilo às movimentações superiores a R$ 30 mil. Não por coincidência, o valor se refere ao que corresponderia ao mensalão.

Operação-padrão – O Banco do Brasil continua dando justificativas para a demora de envio de dados referentes à quebra de sigilo de Marcos Valério para a CPI. Diz que os pedidos da comissão foram "muito amplos", daí o atraso.

Acareação na marra – Roberto Jefferson (PTB-RJ) avalia com aliados e com seus advogados a possibilidade de interrogar José Dirceu (PT-SP) em seu depoimento no Conselho de Ética da Câmara, marcado para o próximo dia 2 de agosto. Como parlamentar, não haveria qualquer impedimento.

Mais explicações – O deputado petista Paulo Delgado (PT) protocolou outra carta na CPI dos Correios sobre o fato de seu ex-assessor Raimundo Ferreira da Silva Júnior ter feito saques nas contas do empresário Marcos Valério.

Mais um problema – O presidente interino do PT, Tarso Genro, comunicou ao presidente Lula e a alguns de seus assessores, como Marco Aurélio Garcia e Luiz Dulci, que desistiu de ser candidato à presidência na eleição direta de setembro. Vai levar a decisão ao Campo Majoritário hoje.

Nada definitivo – Tarso acha que a tarefa de sanear o partido é incompatível com os compromissos da eleição no PT. "Tenho de me dedicar em tempo integral nos próximos 90 dias à refundação do partido", diz. Lula e o que restou da cúpula do PT ainda devem tentar convencê-lo.

Perdón a los hermanos – Em evento público em Assunción, o deputado Carlito Merss (PT-SC) pedirá desculpas hoje pelo fato de o Brasil chamar de Operação Paraguai as explicações de Delúbio para a origem do dinheiro do mensalão.

Dinheiro não é tudo – Do ex-secretário de Comunicação do PT, Ozeas Duarte, no "O Povo" de Fortaleza, sobre como era controlada a contabilidade do partido: "Ninguém suporta aquelas prestações de contas. O Delúbio dava o relatório, mas o pessoal não dava bola".

Anabolizante – O PTB paulista deve engordar suas fileiras com a anunciada debandada de parlamentares ligados à Igreja Universal do PFL. Campos Machado, vice-presidente nacional do partido e ex-advogado do bispo Edir Macedo, capitaneia a operação.

Tiroteio

* De Paulo Maluf (PP-SP) respondendo à deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP), que disse que o caso do mensalão levará o caso Jersey-Maluf para um tribunal de pequenas causas:

– Cobra, até aqui, era substantivo. A deputada faz de tudo para transformar a expressão em adjetivo.

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