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Bruno Meirinho na biblioteca que montou em casa. Os livros são os seus bens mais preciosos | Fotos: Valterci Santos/Gazeta do Povo
Bruno Meirinho na biblioteca que montou em casa. Os livros são os seus bens mais preciosos| Foto: Fotos: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Um atleticano

Nome: Bruno César Deschamps Meirinho

Idade: 26 anos

Estado civil: solteiro

Formação: bacharel em Direito pela UFPR

Prato preferido: churrasco e macarronada

Mania: colecionar livros

Time do coração: Atlético Paranaense

Xodó: a schnauzer Laika, que Bruno diz que é a cara de Lenin, o líder comunista da Revolução Russa.

  • Com as irmãs, Camila e Thaís, o padrasto, Juracy Moreira, e a mãe, Laurene

A bancária Laurene Deschamps Moreira comemorou quando o filho foi aprovado no vestibular para Direito na Universidade Federal do Paraná (UFPR). O curso abriria portas para ele, que poderia passar em um bom concurso público e ter uma vida estável. Mas não eram esses os planos de Bruno César Deschamps Meirinho, que trilhou um caminho bem diferente do planejado pela mãe. "Algumas vezes, comparo ele com os filhos de algumas amigas minhas, que levam uma vida mais ‘normal’. Isso já foi motivo de muita briga entre nós", revela a mãe de Bruno.

Os rumos tomados por Meirinho – que se tornou Bacharel em Direito em 2007 – e a sua crença no socialismo o levaram a cooperativa Ambiens – que desenvolve planos diretores para cidades do interior do país e de fora do Brasil – e a ser o candidato do PSol à prefeitura de Curitiba na eleição deste ano. Com 26 anos, Bruno é o candidato mais jovens a tentar se eleger para comandar o Executivo de uma das capitais do Sul do Brasil neste ano.

O socialismo apareceu na vida de Bruno quando ele entrou no ensino médio, que cursou no antigo Cefet, atual Universidade Tecnológica do Paraná. Na universidade, Meirinho resolveu transformar a crença no socialismo em militância política. Primeiro se filiou ao PT, em 2001. Três anos depois, em 2004, ele ingressou no PSol, desiludido com os rumos tomados pelo Partido dos Trabalhadores. "Nessa época, passei por um período de desilusão com a política, uma desilusão que muitos que eram do PT ainda têm", revela Bruno.

Movimento estudantil

A pouca idade de Meirinho não significa falta de história política para Bruno. Ele é um velho conhecido do movimento estudantil, participou do Centro Acadêmico Hugo Simas, do curso de Direito da UFPR, e foi coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) entre 2004 e 2006.

Na época, batia de frente com o então reitor da universidade, Carlos Augusto Moreira Júnior, candidato à prefeitura de Curitiba pelo PMDB neste ano. Por essas coincidências do destino, esse aluno que tanto aborreceu o Moreira dentro da UFPR apareceu com o mesmo índice de intenção de votos que o ex-reitor nas pesquisa Datafolha e na pesquisa Ibope –1% na primeira e 0% na segunda.

Banda de música e dança

O ensino médio não foi apenas o período em que Bruno Meirinho descobriu a sua veia socialista. Foi nessa época também que ele começou a se envolver com a música. " Ele aprendeu a tocar violão, depois guitarra, chegou até a montar uma banda", revela Juracy Moreira, padrasto de Bruno. Meirinho era guitarrista e um dos vocalistas da banda WC, que durou pouco mais de dois anos. O grupo surgiu quando ele ainda estudava no Cefet e tinha um som inspirado no das bandas britânicas Oasis e Blur.

Hoje ele prefere música brasileira, principalmente o samba-rock, que garante saber dançar muito bem. Ser um pé de valsa, no entanto, parece não estar ajudando Meirinho na vida amorosa. Ele teve poucas namoradas e hoje está solteiro. A culpa, segundo ele, é do envolvimento com a política. "A militância exige muito tempo da gente. É difícil conciliar isso com um namoro", afirma.

Os pais de Bruno Meirinho se separaram quando ele tinha quatro meses, mas mesmo assim ele ainda é muito ligado ao pai. "O Bruno é louco pelo pai. Mesmo morando longe, eles estão muito ligados", conta a mãe de Bruno, Laurene Moreira.

Ela se casou com Juracy Moreira quando Bruno tinha cinco anos. Já o pai de Bruno, Julio Cesar Funaletto Meirinho, mora em Londrina e lá construiu uma nova família. Os frutos desses novos casamentos foram quatro irmãs para Bruno. Duas do novo casamento da mãe e outras duas da nova união do pai. Viver entre tantas mulheres, afirma Bruno, "é padecer no paraíso".

Apesar da fala de Bruno, Thaís Moreira, irmã de Bruno, garante que ele é um ótimo irmão, embora um pouco distante. "Nunca tivemos brigas sérias. O Bruno é muito tranquilo e está quase sempre fora de casa, então é difícil brigar com ele", diz.

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