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Michel Temer: disputa com Renan Calheiros. | Antonio Cruz/ Agência Brasil/Fotos Públicas
Michel Temer: disputa com Renan Calheiros.| Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil/Fotos Públicas

O vice-presidente Michel Temer garante que não vai interferir na disputa pela liderança do PMDB na Câmara. O escolhido terá poder decisivo na indicação dos nomes que vão compor a Comissão do Impeachment, responsável por analisar o processo referente à presidente Dilma Rousseff. Temer avisa, no entanto, que o partido não é “hotel de cochilo” e, por isso, não aceita filiações temporárias para influenciar na escolha da liderança.

Como se explica o fato de a presidente da República e seu vice estarem trabalhando por candidaturas diferentes à liderança do PMDB na Câmara?
Eu respondo por mim, embora, no caso da presidente, ela tem reiterado quase que diariamente que o governo não está interferindo, e nem deve, nos problemas internos do PMDB, e não há porque deixar de acreditar nisso. No meu caso, não tomei e nem tomarei partido nessa disputa, a não ser no sentido de tentar buscar a unidade do partido.

Foi seu gesto, lá atrás, de impedir a entrada de deputados no PMDB para engrossar a lista de apoio à recondução do líder destituído, Leonardo Picciani, que motivou toda essa especulação?
Mas eu barrei a entrada de deputados para engrossar a lista do outro lado também. Os dois lados tentaram fazer isso: filiar deputados por um curto período apenas. Isso é inaceitável. Eu disse a todos eles que o PMDB não é hotel de cochilo.

O senhor é candidato à recondução à presidência do PMDB com forte oposição do presidente do Senado, Renan Calheiros, que ameaça inclusive derrotá-lo nessa eleição.
Eu já nem estava pensando mais em me recandidatar à presidência do PMDB. Mas, diante da manifestação a que você se refere, um grupo de amigos ponderou que uma eventual desistência seria entendida como derrota antecipada e que, nesse caso, seria melhor correr o risco me candidatando para valer. Mas até nesse caso da eleição do presidente do PMDB, e principalmente nele, eu prego a unidade como fator fundamental para o fortalecimento do partido. A divisão do PMDB só interessa a nossos adversários.

Por falar em adversários, como o senhor reage aos ataques do ex-ministro Ciro Gomes?
Curioso, você é a primeira pessoa que me pergunta sobre esse assunto. Quase ninguém dá importância ao que ele fala. Ele é um desarranjado de ideias. Eu nunca darei a ele a honra da minha resposta. Prefiro o caminho da Justiça.

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