A reforma da pista principal de Congonhas pode começar antes do previsto. Isso será possível se a Infraero conseguir terminar antes do prazo a obra na pista auxiliar, iniciada há uma semana e prevista para durar 120 dias.
- Assim que a pista auxiliar estiver liberada, completamente, vamos iniciar a operação na pista principal - diz Edgar Brandão Jr, superintendente regional da Infraero.
Na terça-feira passada, um imenso "X" foi pintado nas cabeceiras da pista auxiliar, indicando para os pilotos que o pouso está proibido. Depois, os técnicos fizeram um levantamento de todas as trincas e, agora, as máquinas fazem a fresagem do asfalto, que é a retirada da camada superior dos trechos críticos do pavimento. Cerca de 25 mil metros quadrados já foram raspados. Com o tempo seco, o trabalho corre dentro do prazo.
- Concluímos a parte de cadastramento dos níveis para permitir esta fresagem. Estamos fazendo a parte de acostamento também. Até o fim do mês termina esta etapa - diz Rogério Barata, arquiteto responsável.
Na segunda etapa, infiltrações e rachaduras mais profundas vão ser reparadas. Depois disso, uma espécie de cola é aplicada. Só então vem a nova cobertura de asfalto. Na última etapa, prevista para junho, serão feitas as ranhuras necessárias para o escoamento da água da chuva.
Esse trabalho vai ser feito durante a madrugada, porque a Infraero pretende liberar a pista para pousos e decolagens antes da conclusão total da obra.
Nos trechos em que a raspagem do asfalto ainda não foi feita, é possível ter uma idéia das condições em que a pista auxiliar estava sendo usada: o pavimento está irregular e repleto de rachaduras.
A Infraero informou que o desgaste na pista principal deve ser bem maior, pois a pista é a mais usada para pousos e decolagens. A pista principal deve ser reformada na seqüência. Lá, a situação é mais preocupante, já que ela recebe 90% dos pousos e decolagens realizados no aeroporto de Congonhas.
São as más condições do asfalto que levam à interdição da pista principal toda vez que chove forte em Congonhas. A água fica acumulada e tira a segurança dos pousos e decolagens.
