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As seis rebeliões que estouraram nas cadeias públicas do Paraná, desde a manhã de domingo, estão controladas e não há registros de mortes, apenas feridos. A última manifestação foi contida por volta de 14h30 desta segunda-feira na cadeia de Campo Mourão, na região Noroeste do Paraná, depois de 16 horas de negociação entre presos e polícia. Além de Campo Mourão, os presos se rebelaram nas cadeias de Cascavel, Umuarama, Foz do Iguaçu, Assis Chateubriand e Toledo.

Das cinco pessoas que foram feitas reféns em Campo Mourão, duas ficaram feridas, mas já foram medicadas e não correm risco de morte. Não houve registros de mortes. O delegado Haroldo Luiz Vergueiro Davison, chefe da 16.ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, segundo site oficial do governo do estado, teria dito que a reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, teria incitado os presos.

"O programa foi o estopim de tudo. Logo depois de assistirem ao "Fantástico", eles começaram a manifestação, mas não tinham reivindicação alguma. Há cerca de duas semanas, eles disseram o que queriam de melhoria nas instalações, revisões de pena e nós atendemos a todos os pedidos", disse o delegado.

Foz do Iguaçu

Mais cedo, por volta de 11h desta segunda-feira, os detentos da Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu, na região Oeste do Paraná, libertaram os seis reféns, entre eles um carcereiro, e a polícia controlou a situação na cadeia. Cinco pessoas ficaram feridas, entre elas um detento que se jogou do telhado da cadeia com medo de ser morto por seus companheiros.

Cascavel

No domingo (14), pelo menos outras três rebeliões foram registradas na região Oeste do estado. Em Cascavel, os motins iniciaram na madrugada. Os 495 presos arrebentaram, por volta das 6 h, todas as grades das duas alas do prédio da 15ª Subdvisão Policial (SDP). A situação foi controlada ainda no domingo.

Toledo e Assis

Outras duas cidades onde houve registro de rebeliões foram Toledo e Assis Chateaubriand. Na primeira, o motim aconteceu na 20ª SDP e durou três horas. A delegacia, que deveria conter apenas 40 presos, estava com 140. Na outra cidade, os 40 detentos atearam fogo nos colchões da Cadeia Pública de Assis Chateaubriand.

Umuarama

Na cidade de Umuarama, segundo a assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) a manifestação começou por volta de 23h e a polícia conseguiu controlar o motim rapidamente. Não há registros de feridos e mortos em Umuarama.

Autoridades negam ligação com o PCC

Mesmo com os presos empunhando bandeiras e se declarando integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), o governador Roberto Requião e o secretário da Segurança Pública negaram nesta segunda-feira (15) que as rebeliões registradas no Paraná tenham ligação com a organização criminosa paulista. Durante a reunião semanal da Operação Mãos Limpas, Requião explicou a situação de violência ocorrida nas últimas horas como "protestos".

Em Campo Mourão, os presos, além de bandeiras do PCC, afirmavam que não podiam liberar o carcereiro, que foi feito refém, enquanto não viesse uma ordem "lá de cima", gritavam os presos fazendo referência aos líderes de São Paulo.

INTERATIVIDADE

As rebeliões e os ataques contra a polícia te deixam com maior sensação de insegurança?Veja em vídeo os estragos causados pelas rebeliões nas cadeias do Paraná

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