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São Paulo (Folhapress) – A Organização das Nações Unidas (ONU) irá gravar e monitorar os julgamentos dos acusados de assassinar a freira Dorothy Stang e espera ver um "exemplo" do fim de impunidade no Pará. É o que afirma a observadora internacional Hina Jilani, que está em Belém para acompanhar a sessão do Tribunal de Júri dos acusados de atirar na missionária: Clodoaldo Carlos Batista (o Eduardo) e Rayfran das Neves Sales (o Fogoió).

Designada pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, no ano de 2000, representante especial para a situação dos defensores dos direitos humanos, a paquistanesa está no Brasil para se "certificar de que a justiça será feita" no caso Dorothy Stang.

De acordo com relatório da ONG Justiça Global, são listados quase 50 nomes de pessoas que correm risco no Estado. Só em Anapu (onde ocorreu o crime), são nove.

Jilani acredita que o problema tem de ser discutido nas duas esferas (estadual e federal) e disse que o governo já tomou iniciativas, mas que estas necessitam ser mais "efetivas". Sobre o julgamento nesta sexta-feira, disse estar "preocupada". "Não posso dizer se eles devem ser condenados ou não, pois isso é uma decisão do tribunal, mas vim para certificar que a justiça será feita e me assegurar da punição à violação dos direitos humanos", afirmou Jilani.

Os irmãos da freira David Stang e Marguerite Stang Holm vieram dos Estados Unidos para acompanhar a audiência."Que esse caso não seja igual a tantos outros ocorridos no Brasil onde os culpados não são punidos", afirmaram.

Entidades civis reuniram ontem mais de mil manifestantes em frente ao Tribunal de Justiça do Pará.

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