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Aeroporto Afonso Pena

A operação-padrão não chegou a acontecer no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, nesta véspera de feriado. A informação é da assessoria de imprensa da Infraero. Mesmo assim, conforme a própria assessoria, os passageiros enfrentam movimento considerado acima do normal na fila do raio X. Por das 11h30, o movimento de pessoas no saguão era considerado dentro da média.

Segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários, a operação-padrão deflagrada por servidores da Infraerojá atinge os aeroportos de Viracopos, em Campinas, e Congonhas, em São Paulo, além do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, onde houve transtornos aos passageiros pela manhã. De acordo com Francisco Lemos, diretor do sindicato, os servidores reivindicam um abono de Natal de R$ 440. As negociações com a estatal que administra os aeroportos estão paralisadas e 3.400 trabalhadores não estão mais fazendo horas extras, ainda segundo o sindicalista.

- As negociações estão paralisadas. Até o momento a Infraero não sinalizou nada para resolver a questão do bônus de natal. Enquanto não abrirem diálogo, vamos continuar sem fazer horas extras - disse o sindicalista.

De acordo com o sindicalista, a Infraero tem um quadro pessoal de 10 mil trabalhadores e um déficit de 1.800 servidores, que vinha sendo coberto com as horas extras. Segundo ele, como a empresa quer tirar um benefício dos trabalhadores, eles decidiram não fazer mais hora extra e cobrar a contratação de funcionários aprovados no último concurso para suprir a carência.

- A operação-padrão que a imprensa está dizendo nada mais é do que a recusa dos trabalhadores em fazer hora extra. O aeroporto de Guarulhos só é operacionalizado com a hora extra. Nós queremos que a Infraero chame os aprovados no último concurso que estão no cadastro de reservas. Só em Guarulhos há um déficit de 300 trabalhadores - afirmou.

Francisco Lemos rebateu a afirmação do presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, de que já teria havido um acordo entre a direção da estatal e os servidores. Segundo ele, houve um acordo parcial em torno de um reajuste salarial de 6,5% que já havia sido aprovado. O sindicalista disse que falta o acordo em torno dos R$ 440.

- Não somos obrigados a fazer as horas extras. Todo esse movimento por causa de R$ 440 - lamentou.

Tom Jobim não adere ao movimento

O Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, não aderiu ao movimento, segundo Lemos, porque no aeroporto os servidores fazem poucas horas extras. Os serviços que devem sofrer os efeitos da operação-padrão são o de raio-x, de despacho de carga aérea e controle dos pátios e pistas dos aeroportos.

As filas para embarque no Terminal 1 de Cumbica, onde os passageiros chegaram a ficar mais de uma hora esperando, diminuíram no fim da manhã e o movimento é tranqüilo à tarde. A expectativa é de que o movimento volta a crescer no início da noite, quando mais partidas estão programadas. Todas as seis máquinas de raio-x funcionam normalmente. Por conta da operação-padrão dos aeroportuários, apenas duas estavam em funcionamento no começo do dia. Em Congonhas, onde a quantidade de vôos é menor, os passageiros não enfrentaram transtornos nesta quinta-feira.

Até as 14h, 10,3% dos vôos tinham atrasos superiores a uma hora

Segundo boletim da Infraero divulgado na tarde desta quinta-feira, dos 1131 vôos programados até as 14h, 116 (10,3%) estavam atrasados em mais de uma hora e 78 (6.9%) tinham sido cancelados. No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, das 96 partidas previstas, 11 (11,5%) estavam atrasadas. Nove vôos foram cancelados. Em São Paulo, no Aeroporto Internacional de Cumbica havia, até as 14h, 11 vôos atrasados (8,2% do total de 134); quatro tinham sido cancelados.

Infraero sugere evitar embarcar em horários de pico

Independentemente da operação-padrão, o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, fez um apelo nesta quarta-feira para que os passageiros evitem escolher vôos em horários que costumam ficar mais congestionados até o carnaval de 2008. Ele disse que uma decisão dos passageiros pode reduzir as filas nos aeroportos e os transtornos provocados pelos constantes atrasos em pousos e decolagens. Segundo Gaudenzi, o pedido foi motivado pelos problemas registrados no fim de semana do GP Brasil de Fórmula-1, em São Paulo, há quase 15 dias.

- Como nós falhamos na última vez porque não fizemos um comunicado antecipado, estamos tomando essa providência para que os problemas não se repitam. O que estamos pedindo é que os passageiros tenham atenção. Quem puder viajar quinta (hoje) e voltar na segunda, deve fazer essa opção.

O presidente da Infraero pediu ainda que os passageiros cheguem com antecedência aos aeroportos, e disse o período que vai desta semana até o carnaval será de grande movimentação nos saguões e balcões de companhias. No entanto, ele disse que a situação será mais tranqüila em relação ao ano passado.

Zuanazzi deixa a presidência da Anac e critica Jobim

Após meses de pressão, o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, deixa o cargo - Agência Brasil Após meses de pressão, Milton Zuanazzi entregou sua carta de exoneração na tarde desta quarta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes disso, em mais de duas horas de entrevista coletiva, disse que está saindo porque tem divergências com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a quem acusou de não entender de aviação. Ele classificou de temerárias as ações de Jobim frente ao ministério e afirmou que o resultado de propostas como a de mais espaço entre poltronas dos aviões será o aumento de preços nas passagens.

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