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Com o aceno a Michel Temer, o governo tentará, de novo, o apoio formal do PMDB ou, no pior cenário, ampliar os apoios regionais a Lula. A dianteira do presidente nas pesquisas e o esfacelamento da candidatura Garotinho tornaram alguns oposicionistas mais maleáveis. Programa de milhas – O ministro Tarso Genro fez a parte "institucional" ao conversar com Temer, sempre preterido pelo governo. A segunda parte da empreitada peemedebista começa imediatamente, com Ricardo Berzoini, que deverá procurar governadores e candidatos do partido nos estados. Se não pode vencê-lo... – No rol dos oposicionistas não mais tão renhidos do PMDB estão Jarbas Vasconcelos (PE) e Geddel Vieira Lima (BA). Tanto o governador quanto o deputado têm mostrado a aliados pesquisas que apontam larga vantagem de Lula em seus estados. Medida extrema – O PMDB de Pernambuco, onde pontifica Jarbas, não quer saber mais de meias-palavras: propõe a imediata expulsão de Garotinho do partido.

Blockbuster – Embalado pelo discurso de Lula no Encontro Nacional, o PT prepara um DVD com versão condensada da fala do presidente. Terá cerca de 30 minutos e será distribuído a diretórios do partido em todo o país para animar a campanha reeleitoral. Mãozinha – Constatação satisfeita de um ministro: graças a Evo Morales e Anthony Garotinho, as investigações que incomodavam o governo sumiram do noticiário. Vai mal – Comentário ouvido ontem na Pefelândia, após a divulgação dos números do Ibope em São Paulo: "Tem a Bolívia... o Garotinho... Só quem não provoca nenhum agito é o tucano".

Inflando custos – À parte o discurso de que o preço do gás não aumentará para o consumidor, o governo prevê que a Petrobrás terá mesmo de desembolsar pelo menos 40% a mais pelo combustível. Mas a estatal deve absorver, se não todo, boa parte do aumento para evitar o desgaste de Lula. Nomenclatura – O mantra dos ministros ontem era que não houve expropriação de ativos da Petrobrás e que a Bolívia vai ressarcir todos os investimentos brasileiros feitos no país. Uma das hipóteses em estudo é que o pagamento seja feito justamente em fornecimento de combustível. Geopolítica 1 – Os dois lados na disputa pelas prévias do PT de São Paulo concordam na análise geral do quadro: Aloízio Mercadante deve ter 70% do interior, e Marta Suplicy, a mesma fatia da capital. Geopolítica 2 – A briga ficará mais parelha na Grande São Paulo, onde, nominalmente, o senador leva vantagem, com margem pequena sobre a ex-prefeita. Na região de Osasco, ligada ao deputado João Paulo Cunha, Mercadante deve ter ao menos 60% dos votos, apostam dirigentes estaduais. Batendo em retirada – Apoiador da pré-candidatura do senador, o prefeito de Osasco, Emídio de Souza, convocou ontem uma reunião com funcionários municipais para o início da noite. Naquele mesmo horário, Marta realizaria plenária com militantes na cidade. Unindo a tropa – Já em Santo André, o secretário-adjunto de Governo, Gilmar Silvério, chamou via e-mail os petistas em cargos de confiança na prefeitura para uma "rápida" reunião hoje sobre "mobilização" nas prévias de domingo. Também lá, o apoio dos dirigentes é para Mercadante.

TIROTEIO

* Do prefeito do Rio, César Maia (PFL), comentando em seu boletim eletrônico o anúncio do governo brasileiro de que o fornecimento de gás boliviano continuará normal:

– Elementar, meu caro Watson! Essa é uma mesada garantida para a Bolívia, da qual ela não pode abrir mão. Só que a mesada ficará muito mais cara.

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