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Mais de 1.600 pessoas foram detidas nesta sexta-feira (23) em 642 municípios do estado de São Paulo das 6h às 17h, como parte de uma operação realizada pelas polícias civis em todo o país contra tráfico de drogas, seqüestros e roubos. No total, 1.675 pessoas foram detidas nas 11 horas de operação no estado: 583 em flagrante. Do total, 257 eram pessoas já procuradas pela polícia. Três pessoas morreram: segundo a polícia, após resistirem à abordagem dos policiais.

Foram cumpridos 1.395 mandados de busca e apreensão. Setenta estabelecimentos comerciais foram fechados. Entre os detidos, 773 assinaram termos circunstanciados - registro de crimes considerados "de menor potencial ofensivo" - e foram liberados. Duzentos e dezenove menores também foram detidos: parte foi entregue às famílias e parte entregue à Fundação Casa (antiga Febem).

A quantidade de objetos apreendidos pela operação chegou a 640.606. Foram vistoriados 36.554 veículos e abordadas 14.297 pessoas. A polícia paulista apreendeu 322 kg de drogas, 257 armas e 1.634 veículos.

"A operação tem sido um sucesso pelo número de crimes esclarecidos e prisões efetuadas. Informações recebidas de delegados de outros estados também são positivas", afirmou Mário Jordão Toledo Leme, delegado geral de polícia de São Paulo, durante divulgação do relatório parcial.

O delegado geral afirmou que, nesta operação, São Paulo priorizou o combate ao tráfico de entorpecentes, seqüestro e roubo. Ele contou que assaltantes de bancos foram presos, mas não deu detalhes sobre os detidos. Além disso, Mário Jordão destacou a desarticulação de um esquema de fraude em postos de gasolina.

Jordão afirmou que é difícil articular tantos policiais ao mesmo tempo. "A máquina é limitada. Temos que fazer operações menores. É difícil fazer grandes operações sistemáticas todos os dias", afirmou. Ele disse que está em discussão no Conselho de Chefes de Polícia Civil o aumento do número de operações deste porte.

Mortes

Três pessoas foram mortas durante a operação. O delegado Mário Jordão disse que elas morreram por terem reagido à abordagem dos policiais e lamentou as mortes.

O suposto chefe de uma quadrilha que roubava computadores portáteis no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital, foi morto durante a operação, no início da manhã. Os criminosos abordavam principalmente empresários que chegavam de viagem.

Anderson Barros Santana estava em casa, no Jardim Miriam, também na Zona Sul. A moto que ele guardava na garagem confirmou a suspeita da polícia. O veículo havia sido reconhecido por vítimas de roubo. Na residência, a polícia encontrou um computador portátil que pertence ao executivo de um grande banco.

De acordo com a polícia, ele foi baleado em troca de tiros e morreu a caminho do hospital. "Achamos ele dormindo, ele acordou quando entramos na casa. Ele acabou reagindo, teve troca de tiros e ele foi baleado e levado ao hospital Sabóia", afirma o delegado Antônio de Olim.

Outro suspeito morreu durante apreensão de entorpecentes na Rua Alba, na favela Beira-Rio. Ele seria segurança de um ponto de venda de drogas. O terceiro, acusado de cometer assaltos na cidade de Riversul, no interior do estado.

Operação

Batidas policias foram montadas em vários pontos na cidade. No Centro, dezenas de bolsas e perfumes falsificados foram apreendidos. Um helicóptero foi usado para prender integrantes de um grupo que roubava mercadorias do Porto de Santos.

"Sistematicamente eles abriam os containeres, tiravam a mercadoria que interessava para eles, geralmente eletro-eletrônicos, pneus, perfumes. Enchiam de areia e colocavam os pinos de volta no container", conta o delegado Youssef Chahin. Um empresário que ficava com os produtos também foi detido.

Toda a operação foi monitorada de uma sala que fica na sede da Polícia Civil. Recém-inaugurada, ela serve centro de operações do departamento de inteligência.

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