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Manifestação em Brasília: líderes oposicionistas pretendem aumentar a pressão para que os envolvidos na Lava Jato sejam punidos. | José Cruz/Agência Brasil
Manifestação em Brasília: líderes oposicionistas pretendem aumentar a pressão para que os envolvidos na Lava Jato sejam punidos.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

A oposição comemorou os números das manifestações realizadas neste domingo (15) em diversas cidades do país. Mesmo sem apoiar oficialmente os atos políticos, líderes do PSDB, DEM e PPS participaram dos protestos. A avaliação dos oposicionistas é que os atos enfraquecem o governo federal e a presidente Dilma Rousseff e, como consequência, fortalecem as siglas contrárias ao PT e ao Palácio do Planalto.

Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) pediu que a população “não se disperse” ao comemorar o resultado dos protestos. Derrotado por Dilma nas eleições de outubro, o tucano não participou da manifestação no Rio de Janeiro, onde estava, mas apareceu em vídeo e na sacada de seu apartamento com a blusa da seleção brasileira.

Aécio pretende reunir líderes oposicionistas nesta semana para discutir os atos políticos e capitalizar para a oposição os resultados das manifestações. A ideia é aumentar as cobranças sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público para a punição dos envolvidos na Operação Lava Jato. “Esse 15 de março vai ficar lembrado para sempre como o dia da democracia”, afirmou.

marina silva

A ex-senadora Marina Silva, candidata à Presidência pelo PSB nas últimas eleições, comentou os protestos em sua conta no Facebook. “O povo brasileiro exige uma posição da presidente da República em resposta aos seus justos e legítimos reclames. É a hora de falar e dizer a verdade. Reconhecer os erros, assumir a responsabilidade por seus atos, propor soluções para os problemas, nada mais e nada menos que isso. Uma fala da presidente, não do marketing. O Brasil falou e agora é todo ouvidos.”

Senadores como Ronaldo Caiado (DEM-GO), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Marcus Pestana (PSDB-MG), José Aníbal (PSDB-SP), entre outros, foram às ruas acompanhar os protestos. Mesmo favoráveis aos atos políticos, os oposicionistas ainda não falam em impeachment de Dilma.

Caiado cobrou investigações sobre a presidente na Lava Jato, mas considera que a insatisfação popular também atinge os deputados e senadores. “Chegou a hora de o Congresso entender que, sem uma pauta em sintonia com a população, o processo de desgaste de Dilma vai atingir deputados e senadores. A população não suporta mais esse processo de acertos, ‘ajeitamentos’, acordos e conchavos de parlamentares por cargos e ministérios”, afirmou.

“Estelionato eleitoral”

O senador José Serra (PSDB) avaliou em postagem no Facebook que os protestos foram “produto espontâneo” da reação ao “estelionato eleitoral e à inépcia do governo federal e da indignação contra a corrupção implantada como método de administrar o país”

E destacou o fato de os atos não terem sido organizados por “partidos da oposição ou entidades sindicais”. Foi uma das maiores manifestações da história do Brasil”, escreveu.

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), defendeu “diálogo e não ruptura” como resposta às manifestações deste domingo.

O prefeito de Salvador (BA), ACM Neto (DEM), pediu que o governo tenha “humildade” para ouvir as ruas e “transforme em políticas públicas a agenda do nosso povo”. “É hora de deixar os interesses partidários de lado e priorizar o recado da sociedade”, completou.

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