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| Foto: Antonio Cruz / Abr

Aécio quer que presidente peça desculpas

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou ontem a presidente Dilma Rousseff nas redes sociais. O tucano sugeriu que Dilma deve pedir desculpas ao país pelos escândalos na Petrobras. Em post divulgado em sua página oficial no Facebook, o senador disse que só agora, após as eleições, Dilma reconhece publicamente a existência de corrupção na estatal do petróleo. "Presidente, a senhora não acha que está na hora de pedir desculpas ao país pelo que o seu governo permitiu que ocorresse com a Petrobras?", indagou. Na mensagem, Aécio diz que a petista age como uma "expectadora" do caso, mas que, na verdade, ela tem responsabilidade sobre os mal feitos da estatal, já que ela presidiu o Conselho de Administração da Petrobras entre 2003 e 2011. O tucano diz ainda que a presidente "zomba da inteligência dos brasileiros".

Folhapress

Legislação

Marina cobra aprovação de lei anticorrupção

Estadão Conteúdo

A ex-senadora Marina Silva, que disputou a Presidência da República pelo PSB neste ano, cobrou ontem que a presidente Dilma Rousseff "desengavete" a Lei Anticorrupção, aprovada em janeiro no Congresso. A legislação possibilita que empresas envolvidas em atos de corrupção sejam punidas.

No texto divulgado ontem, a ex-ministra argumenta que a norma não está sendo aplicada porque não foi regulamentada pela presidente Dilma.

"O Brasil aguarda ansiosamente que a presidente Dilma retire das gavetas do Palácio o decreto que ajudará a combater a ação dos corruptores no país", escreveu Marina, que aproveitou para criticar a presidente. "Dilma gosta de falar das ‘gavetas’ de governos anteriores, mas seria positivo para a sociedade brasileira que ela esvaziasse as próprias", escreveu. o tucano.

A oposição acusou ontem a presidente Dilma Rousseff de ter conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras desmontado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). Líderes do PSDB e do DEM afirmaram que a presidente se beneficiou das irregularidades na estatal e comanda um governo "sustentado na lama".

Da tribuna do Senado, o líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP), citou a Bíblia ao dizer que Dilma não é "ladra", mas faz parte do grupo dos "amigos dos ladrões". "Quem, durante esse tempo todo, comandou esse setor no governo do PT – no governo Lula e no governo Dilma – como ministra de Minas e Energia, como chefe da Casa Civil e como presidente da República? A senhora Dilma Rousseff", atacou o tucano. "Será que ela não sabia, não tinha condições de saber, não tinha condições de acionar os mecanismos de controle da Petrobras? Eu não diria, eu não seria leviano aqui para dizer que a presidente Dilma é pessoalmente desonesta. Mas que ela se beneficiou desse esquema, se beneficiou. Ela se beneficiou eleitoralmente, politicamente", afirmou o tucano.

Em resposta à declaração do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) de que a oposição quer fazer "terceiro turno" das eleições ao explorar as denúncias da Lava Jato, o líder do PSDB prometeu promover "365 turnos" no segundo mandato da petista — mesmo se declarando contrário ao seu impeachment.

Líder do DEM, José Agripino Maia (RN) disse ser "muito difícil" a presidente Dilma não ter informações sobre o esquema de corrupção na estatal. "Uma presidente do conselho da Petrobras e ministra de Minas e Energia teria ao menos indícios do que estava acontecendo. Eu não posso dizer que a presidente soubesse, mas imaginar que ela não soubesse é querer demais da população", afirmou.Para os dois oposicionistas, o esquema de corrupção na Petrobras é o "maior" na história do país. "A força das investigações [da Justiça] é tão grande que não adiante o Congresso ser contra ou a favor", afirmou Agripino.

Líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE) rebateu as acusações da oposição ao afirmar que as investigações conduzidas pelo governo resultaram no desmonte do esquema de corrupção. "A República precisa de vez em quando de ser chacoalhada. A Operação Lava Jato está fazendo isso. Estamos com uma série de empresários presos, o nosso governo não passa a mão na cabeça de ninguém", afirmou o petista.

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