
Às vésperas do seu encerramento, a Copa do Mundo continua a ser o principal objeto de ataques na campanha eleitoral. Ontem, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, acusou o governo federal de "oportunismo" na discussão sobre o futuro do futebol brasileiro.
O tucano atacou a declaração do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que defendeu maior interferência do Estado na gestão do futebol. "O país não precisa da criação de uma Futebras", disse Aécio. Depois da derrota do Brasil para a Alemanha pelo vergonhoso placar de 7 a 1, a presidente Dilma Rousseff defendeu "renovação" do futebol e criação de barreiras para evitar a "exportação" de jogadores. Em seguida, outros integrantes do governo também passaram a pedir mudanças na administração dos clubes.
Em nota divulgada nas redes sociais, Aécio aproveitou para reforçar a crítica ao que considera excesso de intervenção estatal em diversos setores. "O futebol brasileiro precisa, é claro, de uma profunda reformulação. Mas não é hora de oportunismo. Principalmente daqueles que estão no governo há 12 anos e nada fizeram para melhorá-lo. E nada pode ser pior do que a intervenção estatal", disse Aécio.
CBF
O candidato a presidente pelo PSB, Eduardo Campos, também criticou os posicionamentos da presidente Dilma, mas aproveitou para também alfinetar o candidato do PSDB. O presidenciável, que ontem cumpriu agenda em Natal, analisou que o debate sobre uma lei para o esporte, como defendeu Dilma, precisa ser feito de forma ampla, envolvendo o Congresso Nacional e especialistas. "O debate de conteúdo é que precisa ser feito, um debate do bom senso. Pelo visto a Dilma ou o Aécio estão querendo se candidatar a presidente da CBF", comentou.
Ele disse que o debate adequado sobre a gestão no esporte passa por formar uma comissão no Congresso Nacional. "Precisa do envolvimento e escuta da sociedade sobre uma lei de responsabilidade nos esportes de uma maneira geral, precisa fazer isso sem estar contaminado pelo ambiente eleitoral, tem que fazer com responsabilidade", analisou.



