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São Paulo - O enfraquecimento da oposição não é desejável em uma democracia, disse ontem o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. O comentário foi a resposta ao questionamento de jornalistas em relação à criação de um novo partido, o PSD, formado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. De acordo com o ministro, "esse rearranjo é natural na evolução da política". Carvalho acrescentou que é importante uma oposição forte e honesta, "que cobre o governo".

O ministro também comentou a aceleração dos índices de inflação. Segundo ele, "a presidente Dilma já tomou medidas cautelosas contra o aumento de preços, para não levar o país à recessão, que gera desemprego", disse. "As ações têm sido corretas para manter o processo de crescimento com distribuição de renda".

Conforme Carvalho, o período de aceleração acentuada foi sazonal, provocado pela alta dos preços agrícolas, "que a partir de agora tendem a se estabilizar". Ele fez questão de ressaltar que "não há dentro do governo qualquer problema em relação à política econômica".

Tranquilidade

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que o PSDB ficará com a "brocha na mão" se apostar que a economia do país caminhará para uma crise inflacionária. "A situação do Brasil é de tranquilidade. O PSDB quer se agarrar a qualquer coisa", disse Vaccarezza. A orientação do governo, segundo afirmou o petista, é reconduzir o índice de inflação para o centro da meta em dois anos e não em 12 meses, mas sem dar um freio na economia.

Ele contestou o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao atribuir ao tucano o risco de volta da inflação no final de seu mandato de oito anos. "O centro da meta de inflação em 2002 era de 3,5% ao ano e foi de 12,5%", disse Vaccarezza.

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