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A oposição ao presidente Lula conseguiu suspender ontem a votação do relatório final da CPI Mista do MST, criada pelo Congresso para investigar supostos repasses ilegais do governo federal para o mo­­­vimento. Parlamentares do DEM e PSDB não compareceram à reunião, o que impediu o quórum mínimo para dar início à sessão destinada a analisar o relatório final da CPI.

A manobra da oposição teve o objetivo de evitar a aprovação do documento, elaborado pelo deputado-relator Gilmar Tatto (PT-SP). Os oposicionistas consideraram que o relatório era "chapa-branca", por não ter en­­­contrado nenhuma irregularidade nos convênios federais com o MST e entidades ligadas aos sem-terra.

O prazo para funcionamento da CPI terminaria oficialmente amanhã. Como o Congresso entra em recesso parlamentar no final desta semana, os oposicionistas apresentaram requerimento de prorrogação da CPI por mais 180 dias. O requerimento tem as assinaturas de 176 deputados e 37 senadores.

Com pressa para encerrar as investigações, os governistas apresentaram outro requerimento para questionar a prorrogação da CPI. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), autor do requerimento, afirma que houve irregularidades no pedido de prorrogação porque o documento deveria ter sido lido no plenário do Congresso, e não do Senado – como de fato ocorreu. Segundo Suplicy, a comissão é mista (integrada por deputados e senadores), por isso o pedido de prorrogação teria que ser analisado pelo Congresso.

Em meio à polêmica, os governistas afirmam que a CPI já está encerrada porque não haverá nova sessão até sexta-feira. Do outro lado, a oposição sustenta que a comissão está prorrogada. O impasse só vai ser solucionado após o recesso parlamentar, que na prática só termina depois das eleições de outubro.

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