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A oposição protestou nesta terça-feira (26) contra a proposta do Executivo de criar quase 86 mil cargos este ano. Segundo o site "Congresso em foco", o projeto, enviado ao Congresso na semana passada, aumenta em seis vezes a previsão feita pelo governo no Orçamento. O número é 35% maior que o total criado em cinco anos. A Comissão Mista de Orçamento está analisando as planilhas do governo, mas ainda não há uma data para votação.

O deputado Luiz Paulo Velloso (PSDB-ES) já adiantou que seu partido vai votar contra a criação de novas vagas, porque o aumento constante de despesas acabará comprometendo as finanças públicas.

- Quem vai pagar essa conta é o povo. São quase 86 mil novos cargos, sendo 40 mil para serem efetivados este ano. Isso sem contar os 51 mil cargos já criados na área de educação superior das escolas técnicas. O governo Lula expande o gasto público na área de pessoal de forma descontrolada e irresponsável - disse o tucano.

O deputado Geraldo Magela (PT-DF) justificou, por sua vez, a necessidade das contratações. E garantiu que não há exagero:

- Na verdade, as contratações podem ser feitas parte este ano e parte em 2009. Não serão todas no ano de 2008. Nós estamos abrindo novas universidades, novos campus, novas escolas técnicas, aprimorando a área de assistência social, e para isso nós precisamos de pessoal. Não podemos abrir uma universidade e não colocar funcionários lá dentro. Estamos ampliando as vagas e certamente vamos precisar de gente para atender a essas demandas - afirmou o petista.

- Nós não temos qualquer tipo de descontrole. Muito pelo contrário. Nós estamos arrecadando mais, arrecadando melhor, e com isso, gastando bem na máquina pública, que é o que a sociedade precisa - completou.

O projeto do governo

De acordo com o projeto, o número de vagas previstas para serem abertas no Executivo até o fim do ano aumentará de 13.375 para 85.925. A grande maioria via concurso público. As áreas de seguridade social, educação e esporte serão as principais contempladas com a criação de cargos, empregos e funções.

Destes cargos, 60.578 são da área de educação e 11.971 para a área de auditoria e defesa pública. Boa parte do dinheiro da educação foi aprovado nas leis 11.704 e 11.739 e faz parte do projeto do governo de contratar funcionários para expansão das Universidades e Escolas Técnicas Federais, já anunciados pelo governo.

O projeto original do Orçamento da União, aprovado em março, previa a criação de apenas 13.375 novos cargos, mas ao logo do ano, o governo enviou novos projetos para aumentar esse contingente.

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