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Eduardo Cunha: líder do PMDB na Câmara é afavor de continuar as investigações em 2015 | Pedro Ladeira/ Folhapress
Eduardo Cunha: líder do PMDB na Câmara é afavor de continuar as investigações em 2015| Foto: Pedro Ladeira/ Folhapress

Câmara

Por falta de quórum, processo de cassação de Vargas empaca

Agência O Globo

Pela 3ª vez a falta de quórum de deputados inviabilizou a leitura e votação do relatório do deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ) sobre o recurso do deputado André Vargas (sem partido-PR) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Vargas questiona a condução, no Conselho de Ética, do processo que pediu a cassação de seu mandato em função de suas relações com o doleiro Alberto Youssef, investigado pela Operação Lava Jato. A sessão foi encerrada porque apenas 27 deputados registraram presença. Eram necessários pelo menos 34 deputados para que a sessão acontecesse. Nova sessão foi convocada para a tarde de hoje.

Com o apoio de parte dos aliados de Dilma Rousseff (PT) no Congresso, a oposição já está se articulando para pedir a criação de uma nova CPI da Petrobras para investigar o escândalo de corrupção na estatal a partir de 2015, quando tomam posse os deputados e senadores eleitos. Como as regras do Congresso determinam o fim das comissões parlamentares de inquérito antes do início da nova legislatura, é consenso na oposição que as investigações terão que se estender para o ano que vem.

A atual comissão, formada por deputados e senadores, deverá se encerrar em dezembro, quando o Congresso entra em recesso. A legislatura se encerra em janeiro. Com isso, o novo Congresso, que tomará posse em fevereiro, terá que discutir se instala outra comissão de inquérito.

O governo trabalha para encerrar as investigações este ano, mas enfrenta resistências de seu principal aliado no Congresso, o PMDB, que defende a continuidade dos trabalhos.

Líder da bancada peemedebista e um dos favoritos para presidir a Câmara dos Deputados a partir de 2015, Eduardo Cunha (RJ) afirma ser inevitável uma nova CPI da Petrobras. Segundo ele, o conteúdo da delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa não virá a público a tempo de a atual CPI poder se debruçar sobre ele. "Eu não sou proponente da CPI, o que eu digo é que você tem uma CPI que morreu. E depois da CPI terminada vão aparecer os fatos decorrentes dessa delação. O Congresso não vai assistir a essa situação e ficar correndo atrás da delação. Acho que (...) vai acabar acontecendo [a nova CPI]."

Líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE) disse que vai começar a coletar as assinaturas para a nova CPI entre os reeleitos nos próximos dias para tentar acelerar o processo de criação da comissão – que só pode sair do papel no ano que vem. "Uma nova CPI é inevitável porque será preciso ter acesso aos processos de delação do Paulo Roberto e do [Alberto] Youssef homologados. Essa investigação não pode ser interrompida pela metade", afirmou.

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