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Dilma pediu explicações a Fernando Pimentel sobre a consultoria | Antõnio Cruz/ ABr
Dilma pediu explicações a Fernando Pimentel sobre a consultoria| Foto: Antõnio Cruz/ ABr

Os partidos de oposição vão tentar aprovar a convocação do ministro do Desenvol­­vimento, Indústria e Co­­­mércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, para explicar a atuação de sua empresa, a P-21 Consultoria e Projetos, entre 2009 e 2010. Reportagem do jornal O Globo sugere tráfico de influência da consultoria do ministro em licitações da prefeitura de Belo Horizonte e a não prestação de serviços pagos pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

"A suspeita existe e ele [Pimentel] tem que se explicar", afirmou ontem o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). "Ele precisa vir a público e explicar detalhadamente como ocorreram essas consultorias", emendou o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP). Para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), a denúncia é grave. Os tucanos, os democratas e o PPS vão se unir para apresentar hoje o requerimento convocando Pimentel na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), saiu em defesa do ministro. O petista não vê problema no fato de Pimentel ter recebido R$ 2 milhões por serviços de consultoria realizados em 2009 e 2010. Na avaliação de Vaccarezza, o ministro era uma "pessoa comum" e, portanto, não havia impedimento para exercer o serviço. "Ele não era ministro. Era um cidadão comum", afirmou o líder. "Todas as empresas no Brasil tem de alguma forma uma relação com o poder público". Para o líder governista "é natural que as pessoas trabalhem". "Não acredito que a oposição vá fazer algo. Não acredito porque não tem base. Foge da razoabilidade", disse.

Explicações

A pedido da presidente Dilma Rousseff, Pimentel foi a seu gabinete, no fim de semana, para explicar a atuação de sua consultoria e os contratos assinados nos últimos dois anos, período em que ficou afastado de cargos públicos. Pimentel deixou a prefeitura de Belo Horizonte no final de 2008 e assumiu o MDIC no início deste ano, com a eleição de Dilma.

Um dos motivos que levaram à queda do ex-ministro Antonio Palocci, em junho deste ano, foi o faturamento expressivo que a empresa de consultoria dele registrou em 2010. A empresa faturou R$ 20 milhões em 2010.

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