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Câmara

Organização vai entregar abaixo-assinado contra Feliciano

Petição hospedada no site da ONG Avaaz já reuniu mais de 450 mil assinaturas

Representantes da ONG Avaaz, que organiza campanhas pela internet, vão levar ao Congresso nesta quarta-feira (27) documento representando o abaixo-assinado virtual que exige a renúncia do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

A petição, hospedada no site da organização, já reuniu mais de 450 mil assinaturas e a intenção da Avaaz é entregá-la a líderes do PSC. A ONG repete o ritual feito com o abaixo-assinado que pedia a renúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. Na ocasião, representantes da entidade levaram caixas de papelões vazias que simbolizam as assinaturas recolhidas na petição eletrônica.

A exemplo do movimento anti-Renan, o abaixo-assinado virtual contra Feliciano não tem poder para tirar o pastor do cargo, mas simboliza a pressão popular para que ele renuncie.

Ontem, mesmo após ultimato do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o PSC decidiu manter Feliciano no comando da comissão. Reunião

Apesar de ter manifestado a colegas insatisfação com a permanência do pastor, o presidente da Câmara tem afirmado que não há margem regimental, como uma intervenção direta, para tirá-lo da presidência. Por isso, apelou à cúpula do partido.

Após o PSC bancar Feliciano, Alvez convocou uma reunião com líderes partidários, que decidiram convocar Feliciano para uma reunião na próxima terça-feira.

As pretensões de consenso empreitadas por Alves esbarram, contudo, em seu partido. A Folha de S.Paulo apurou que, junto com o PR, o PMDB se recusou ontem a divulgar, junto com os demais líderes, uma nota de repúdio pela permanência do pastor na presidência da comissão.

O líder do partido na Casa, Eduardo Cunha (RJ), é da bancada evangélica. Anthony Garotinho (RJ), líder do PR, também.

Qualquer deliberação oficial do colégio de líderes exige consenso. Sem aval dos partidos, restou a Alves e os demais líderes voltar a apelar pela saída do deputado.

Desde que assumiu o posto, no começo do mês, Marco Feliciano tem sido pressionado para deixar o cargo.

Pressão

A pressão pela sua saída cresceu após a divulgação de um vídeo, no último dia 18, com críticas aos seus opositores. O material, publicado pela produtora de um assessor do deputado, e divulgado por Feliciano no Twitter, chama de "rituais macabros" os atos contra sua indicação e questiona a conduta de seus opositores.

As duas únicas sessões da Comissão de Direitos Humanos realizadas sob o comando de Feliciano foram marcadas por manifestações contra sua permanência. O pastor é acusado de ter opiniões consideradas homofóbicas e racistas. Feliciano nega as acusações e diz que apenas defende posições comuns aos evangélicos, como ser contra a união civil homossexual.

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