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A operação Aletheia deflagrada na sexta-feira e a delação premiada do senador Delcídio do Amaral colocam um ponto final na carreira do ex-presidente Lula?

O evento da quinta [o caso Delcídio] é uma ameça muito maior à carreira do ex-presidente Lula que o evento da sexta-feira [a Operação Aletheia]. Sobretudo pelo que vimos ao longo do dia. O Lula ao final do dia era um homem muito mais forte que o de antes dos fatos deflagrados pela Polícia Federal na manhã de sexta-feira. Então, de forma alguma podemos interpretar como o fim da carreira política dele. Por outro lado, o homem político não pode ser avaliado apenas por sua capacidade de ocupar um mandato eletivo. Lula, em 2018 [quando poderia voltar a se candidatar presidente], já vai estar com uma idade avançada e com a saúde mais debilitada. Agora, a sua capacidade de articulação e seu papel de liderança nos processos políticos do país, certamente, vão continuar ocorrendo.

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E como o PT sai de tudo isso? O partido fica ainda mais enfraquecido?

A imagem do PT neste momento é muito pior do que era anteriormente. Mas o evento da sexta-feira em nada contribui para o abalo dessa imagem. O desgaste do PT já é anterior aos fatos de agora. Na realidade, os fatos podem fazer um efeito contrário: inflar mais a militância, que estava acuada, a defender o partido.

Em 1992, se dava como certo o fim da carreira política de Fernando Collor, após o impeachment. Mas, anos depois, ele voltou como senador. Pode ocorrer algo parecido com Lula?

A história nos mostra que os resultados políticos não são definitivos. Qualquer leitura que torne esse momento como sendo definitivo, está fazendo projeções que são descoladas da realidade. Ainda não dá para afirmar o que vai acontecer no futuro.

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