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O senador Osmar Dias (PDT) se reúne na terça-feira em Brasília com o presidente estadual do PFL, Abelardo Lupion, e deputados federais para discutir a candidatura ao governo do estado. A conversa ocorre depois de um período de recolhimento do senador, que tirou licença médica no mês de fevereiro para tratar de um problema de circulação nas pernas.

Com o retorno do senador às articulações para a eleição, os aliados não têm dúvidas de que Osmar Dias é candidato. "Falei com ele durante o carnaval e ele é candidato, só não está se manifestando e ninguém tem autorização para isso. A palavra dele basta para mim, o resto é especulação", diz Abelardo Lupion.

A candidatura, segundo o presidente do PFL, já está definida e a fase agora é de traçar a estratégia de campanha. Na reunião da terça-feira vão estar presentes deputados federais do PFL, PSDB e PP, partidos que devem estar aliados com o PDT.

O próximo passo será reunir em Curitiba os presidentes dos quatro partidos. "Vamos estabelecer um calendário para as ações de campanha e começar a trabalhar. Quanto à dúvida sobre a candidatura, isso não existe", afirmou Lupion.

Nessa primeira etapa, não entram em pauta as candidaturas de vice-governador, senador, suplentes ao Senado e a coligação na proporcional. Para Abelardo Lupion, o partido não trabalha com outra opção que não seja a candidatura de Osmar Dias.

O vice-presidente do PDT no Paraná, deputado estadual Augustinho Zucchi, confirmou que o senador estava aguardando passar o carnaval – que coincidiu com o fim da licença médica – para voltar a conversar com os partidos. "Ele está determinado a ser candidato e vai buscar mais objetivamente construir essa candidatura. Entendemos que as lideranças tiveram um prazo bom para refletir sobre a disputa", afirmou.

O quadro de alianças nacionais, segundo Zucchi, também deve interferir nas composições no Paraná. A definição do PSDB sobre o nome que vai concorrer à Presidência da República, o lançamento ou não de candidato próprio pelo PDT e até o crescimento da popularidade do presidente Lula (PT) vão delinear as alianças. "Todos os partidos vão ter que refletir sobre as mudanças nacionais", diz o deputado.

Mesmo que PDT e PSDB tenham candidatos a presidente da República, Zuchi considera possível articular uma aliança entre os dois partidos em torno do nome do senador Osmar Dias. "Coligação não é adesão. Na coligação você respeita o caminho próprio de cada partido. Isso não pode impedir que a gente faça conversações obedecendo à agenda local", prevê Augustinho Zucchi.

Os outros prováveis aliados do PDT – PSDB e PP – estão aguardando o senador Osmar Dias oficializar a candidatura. O presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, disse que continua trabalhando para costurar uma frente de oposição ao governo.

O presidente estadual do PP, Dilceu Sperafico, está conversando com o PDT e com o PMDB, mas garante que a maioria do partido prefere Osmar Dias a apoiar a reeleição do governador Roberto Requião (PMDB).

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