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O senador Osmar Dias (PDT) vai cobrar da Executiva Nacional, durante reunião no dia 9 de dezembro, uma definição se o partido vai ou não lançar candidato a presidente da República em 2006. A resposta da direção pode ser decisiva no projeto de candidatura do senador ao governo do estado. O assunto foi discutido ontem durante reunião com os presidentes do PFL, PSB e PSDB, partidos que pretendem formar uma aliança de oposição.

Osmar Dias admite que uma candidatura própria do PDT pode dificultar seus planos de concorrer a governador, ainda mais se for mantida a verticalização, onde os estados são obrigados a repetir as alianças nacionais. "O PDT tinha compromisso de não ter candidato a presidente. Agora houve intenção de candidatura e como havia posição de priorizar os estados, vamos cobrar uma posição da Executiva", disse.

O senador sempre trabalhou com a possibilidade de a verticalização ser mantida, mas contava com a garantia da Executiva Nacional de que o PDT não lançaria candidato próprio à Presidência para priorizar a eleição de governadores nos estados e deixar os partidos livres para optar por coligações com mais chances de vitória.Presidência

O fato novo é a manifestação dos senadores Jeferson Peres (PDT-AM) e Cristóvam Buarque (PDT-DF), que enviaram ofício à Executiva Nacional manifestando desejo de disputar a eleição e se apresentando como pré-candidatos. "Isso tem que ser considerado, mas não foi o combinado. A única vez que esse assunto foi discutido no conselho político do partido foi unanimidade a decisão de priorizar os estados", disse o senador.

A avaliação de Osmar Dias é que se o PDT, PFL e PSDB tiverem candidatos próprios haverá "um complicador" para uma aliança no Paraná. O cenário político ainda está muito indefinido e segundo ele, não é possível assumir uma candidatura com tanta antecedência. "Não dá para dizer que a aliança está feita, como alguns afirmam, nem que o PDT está jogando sozinho", afirmou.

O senador reconhece a dificuldade de enfrentar a eleição em 2006 se não conseguir formar uma frente de oposição e deixa dúvidas sobre sua candidatura se o PDT ficar sem aliados. "Todo candidato precisa de estrutura política, tempo de televisão e base de apoio forte. Com o PDT sozinho preciso analisar. Eu não analisei porque não acredito nessa hipótese", disse.

Na avaliação de aliados, Osmar Dias poderia estar numa situação mais confortável se tivesse aceito o convite insistente do PSDB e se filiado no partido. Os tucanos, dispostos a apoiar a candidatura do senador, estavam prevendo que o PDT poderia enfrentar problemas de coligação no Paraná por causa da verticalização.

Osmar Dias não sabe dizer se a decisão de permanecer no PDT foi certa ou errada sob o ponto de vista eleitoral, mas considera que foi correta se o quesito for ética, porque o partido o recebeu de braços abertos e não poderia abandonar a legenda no período eleitoral.

Verticalização

O presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, reconhece que a queda da verticalização facilita muito a construção da aliança, mas mesmo que seja mantida, não vai inviabilizar a coligação.

A candidatura de Osmar Dias, segundo Rossoni, é consenso entre os partidos aliados e só não existe ainda um acordo sobre a eleição na proporcional. O PFL e o PSB não querem coligar na chapa para deputados estaduais e federais, mas essa definição não altera o projeto de aliança. "Por mais que insistam que há desvios, eu não vejo outra condição que não seja esta aliança", diz Rossoni. A posição é compartilhada pelo presidente do PSB, Severino Araújo. "A candidatura do senador Osmar Dias tem defensores em todos os municípios. Ele tem uma postura muito coerente e responsável".

Para o presidente do PFL, deputado federal Abelardo Lupion, é hora de minimizar os problemas e cada partido terá que resolver as suas questões. "Nós já definimos que estaremos juntos e que o nosso candidato será Osmar Dias. Agora, vamos trabalhar para trazer outros partidos para esta aliança", disse.

Os partidos aliados decidiram formar um grupo de trabalho para começar a elaborar um plano de governo para 2006.

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