• Carregando...
Osmar discursa em Foz do Iguaçu: promessa de tratamento especial na área de segurança para a região de fronteira | Christian Rizzi/ Gazeta do Povo
Osmar discursa em Foz do Iguaçu: promessa de tratamento especial na área de segurança para a região de fronteira| Foto: Christian Rizzi/ Gazeta do Povo

Pedetista alfineta Richa

Em sua passagem por Cascavel (Oeste do Paraná), o candidato ao governo do estado Osmar Dias (PDT) alfinetou ontem o PSDB e seu principal adversário na disputa, o tucano Beto Richa. Deu a entender que Richa descumpriu um acordo que tinha com ele, Osmar.

Sem citar o nome de Beto Richa, Osmar afirmou que havia apoiado o tucano em sua campanha de reeleição à prefeitura em 2008, com o compromisso de que o tucano ficaria na prefeitura até 2012, o fim do mandato municipal. Mas Richa, reeleito há dois anos, deixou a prefeitura em março para concorrer ao governo estadual.

"Se nós estamos numa aliança construída com muita determinação, muita conversa nesse último ano e meio, conversando com o presidente Lula, foi porque o PDT não rompeu nenhum compromisso. Mas fomos liberados no momento em que, daquela aliança [de 2008], saiu um candidato que não estava programado para sair."

Osmar disse ainda que o PDT só aceitaria uma aliança com o PSDB na eleição deste ano caso seu nome encabeçasse a chapa, o que não foi aceito pelos tucanos. "As pessoas queriam que eu chegasse numa loja, comprasse um terno, uma gravata, uma camisa, um sapato e desse de presente para um candidato do PSDB assumir o governo do estado", disse.

Apesar dessas declarações, o fa­­­­to é que Osmar pediu, em um documento enviado à cúpula nacional do PDT, autorização para se coligar com o PSDB, sendo ele o candidato ao Senado e Beto Richa ao governo. A carta acabou sendo vazada à imprensa no mês passado por tucanos.

Ontem, Osmar reagiu ao vazamento. "Achei que eu não tinha porta-voz no PSDB, que eu tivesse porta-voz só no PDT para publicar aquilo que é de interesse do partido", disse. O pedetista disse ainda que a proposta de aliança partiu do PSDB e que a consulta foi apenas para cumprir um "rito formal".

CASCAVEL - Luiz Carlos da Cruz, correspondente

O candidato do PDT ao governo paranaense, Osmar Dias, garantiu ontem, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, que pretende, se eleito, ampliar o quadro da Polícia Militar dos atuais 17 mil para 22 mil policiais – um aumento de 29,4% no efetivo em apenas quatro anos. Ele também prometeu reaparelhar a PM.O acréscimo de policiais foi a primeira grande proposta do candidato para reduzir os índices de criminalidade, uma das maiores preocupações da população do estado. Nos últimos sete anos, conforme revelou ontem o colunista Celso Nascimento, da Gazeta do Povo, o efetivo de PMs do Paraná aumentou em apenas 200 homens – segundo informações oficiais da Secretaria Estadual da Segurança obtidas pelo deputado estadual Douglas Fabrício (PPS).

Em seu plano de governo, divulgado nesta semana, Osmar considera que a segurança é um dos serviços públicos estaduais que estariam sendo "ofertados de forma insuficiente frente à crescente demanda". O trecho do documento implicitamente é uma crítica à gestão do ex-governador Roberto Requião (PMDB), que administrou o Paraná de 2003 a março de 2009 e que atualmente tenta a eleição ao Senado na mesma chapa que Osmar.

Após a divulgação do plano, o pedetista tratou de amenizar o tom de crítica a Requião, afirmando que "nenhum governo consegue dar conta de todos os problemas em quatro ou oito anos". Com a promessa de ampliação significativa do efetivo da PM, Osmar indiretamente volta a reconhecer as falhas da gestão do novo aliado.

Policiamento de fronteira

Além da promessa de contratar mais policiais, Osmar ontem assegurou que uma das prioridades para o Oeste paranaense será o reforço no policiamento de fronteira. Ele disse que pretende negociar com o Exército e a Polícia Federal para agir em conjunto nos pontos onde atuam as quadrilhas especializadas no tráfico de drogas e de armas e no contrabando de mercadorias do Paraguai que entram ilegalmente no país.

Segundo Osmar, Foz precisa de uma segurança pública com gestão específica. "Não podemos tratar uma cidade de fronteira como uma cidade normal, localizada, por exemplo, no centro do estado ou inserida numa região normal. Precisa ter um contingente diferenciado", comparou.

O candidato também defendeu mais investimentos para estimular o turismo em Foz e nos municípios do Oeste.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]