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O senador Osmar Dias (PDT) colocou um ponto final nas dúvidas sobre seu futuro político e anunciou oficialmente que é candidato a governador do Paraná. A decisão foi tomada ontem, logo após uma reunião com a direção estadual do PP, que declarou apoio formal à sua candidatura.

Em um ato público improvisado, que lotou o plenarinho da Assembléia Legislativa, Osmar Dias confirmou o que vinha declarando desde a semana passada: que só dependia de uma aliança mínima para disputar o governo. Por enquanto, o PP é o único que garantiu participação na aliança, mas o PDT também aposta na vinda do PSB, PTB e Prona, o que daria para o senador cerca de cinco minutos de tempo de televisão na propaganda eleitoral gratuita. Sozinho, o PDT teria apenas 47 segundos.

Osmar fez um discurso emocionado e disse que estava encarando o "enorme desafio" como uma missão porque houve um forte apelo de prefeitos, lideranças e dos partidos que pretendiam formar uma frente de oposição no Paraná. "Aceito a missão e vou ser candidato a governador do Paraná para melhorar esse estado", disse.

O senador reconhece que vai disputar uma campanha eleitoral "duríssima" e pediu o apoio de todas as forças políticas, inclusive do PSDB e do PFL, que trabalhavam há um ano e meio pela aliança, mas estão impedidos de se coligar formalmente com o PDT por causa da regra da verticalização.

Osmar Dias disse que apoiou a campanha vitoriosa de Beto Richa (PSDB) à prefeitura de Curitiba e que agora não está cobrando reciprocidade, mas gostaria muito de ter os tucanos no seu palanque, mesmo que de maneira informal. "Estou pedindo do fundo do meu coração o apoio do PSDB inteiro ao nosso projeto de mudança. Peço para que todos que desejam minha candidatura sejam lutadores como foram nas suas próprias campanhas, com alma e coração."

O mesmo apelo foi feito ao PSB, que ainda não formalizou apoio, e ao PFL, que decidiu fazer aliança com o PPS de Rubens Bueno. O senador disse que esses partidos estão "do mesmo lado" no Paraná e que gostaria de ter todos dando suporte à sua campanha.

O pré-candidato afirmou ainda que pretende fazer uma campanha sem ataques, mas de propostas e idéias, e espera o mesmo do principal adversário, o governador Roberto Requião (PMDB). "Espero que o respeito que Requião sempre demonstrou por mim seja mantido durante a campanha. Vamos colocar em disputa um projeto de governo e isso que vai ser a prioridade", afirmou.

No discurso, ele convidou os partidos aliados a ajudar a elaborar propostas de campanha e garantiu participação de todos na execução se for eleito governador. A escolha do candidato a vice-governador ainda não foi discutida porque o senador espera a participação de outros partidos na coligação. Segundo ele, o nome será definido em conjunto e deve ser alguém competente e de sua confiança. A convenção estadual do PDT, que vai homologar a candidatura de Osmar Dias e das alianças, será na sexta-feira.

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