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A Ouvidoria de Polícia já tem provas de que nove das 58 pessoas mortas em Guarulhos, na Grande São Paulo, durante a semana de ataques do crime organizado foram assassinadas por grupos de extermínio. Todas foram mortas por armas de grosso calibre, como escopetas e ponto 40, nas mesmas condições, por homens vestidos com toucas ninja. Em São Paulo, grupos de extermínio desmantelados no passado eram formados por policiais. Esses grupos têm pelo menos uma semelhança com a atuação de facções criminosas: usam armas de grosso calibre para eliminar suas vítimas.

Segundo o ouvidor Antonio Funari Filho, entre os dias 19 e 21 de abril 49 pessoas foram mortas em São Paulo em crimes classificados como 'autoria desconhecida' e são atribuídos a grupos de extermínio. As provas, no entanto, dependem de testemunhos.

Os casos de chacinas por grupos de extermínio estão concentrados na Grande São Paulo. Das oito mortes recém-descobertas, duas ocorreram em Osasco, duas em Itapevi, duas em Ferraz de Vasconcelos. Outras duas foram no extremo leste da capital. Os casos divulgados anteriormente aconteceram no Parque Novo Mundo e Jardim Brasil, na zona norte da cidade, e na cidade de Poá. Ao todo foram 22 chacinas, de acordo com o ouvidor.

- O número de mortos pode subir. Sabemos de duas pessoas que estão desaparecidas em Guarulhos. Elas podem ter sido vítimas de grupos de extermínio também. As pessoas estão perdendo o medo e estão denunciando outros casos - disse Funari Filho.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo adiou desta sexta para segunda-feira a entrega ao Ministério Público de uma lista com 400 mortes por arma de fogo entre os dias 12 e 20 de maio em todo o estado. Não se sabe, porém, quantas delas estão de fato ligadas aos ataques de terror a São Paulo. Segundo Funari Filho, das 400 mortes, 230 já foram catalogadas.

- São 47 mortos vítimas de facções criminosas, 49 mortos por grupos de extermínio, 110 daquela famosa lista de mortes atribuídas aos policiais, além dos motins que aconteceram nos presídios. Somente aí são 230 - disse Funari Filho.

A Ouvidoria informou que os casos estão sendo encaminhados às corregedorias da Polícia Militar e da Polícia Civil. As informações também estão sendo repassadas para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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