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Trem-bala entre Curitiba e São Paulo custará US$ 6 bi

Dentre as novidades do PAC 2 está o trem-bala ligando Curitiba a São Paulo. Mas, para entrar nos trilhos, o projeto dependerá de recursos estimados em US$ 6 bilhões – mais que o dobro da soma de todos os recursos federais previstos para o Paraná pelo programa até 2014: R$ 5 bilhões.

O que o PAC 2 prevê, por en­­quanto, é a alocação de recursos para estudos e a elaboração do projeto da segunda linha do Trem de Alta Velocidade (TAV), ligando Curitiba à capital paulista, conforme consta no Plano Nacional de Viação, do Ministério dos Trans­­portes.

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O setor de infraestrutura e transportes será o principal destino dos investimentos previstos para a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento no Paraná. Dentre os projetos de maior impacto para o estado do chamado PAC 2, que será anunciado oficialmente hoje, em Brasília, estão a conexão entre Curitiba e São Paulo através de uma linha do trem de alta velocidade (TAV) e a construção da terceira pista do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais.

A estimativa é de que o Programa destine cerca de R$ 5 bilhões de recursos federais em diversos projetos no estado até 2014. O PAC 2 prevê ainda obras para a conclusão do trecho paranaense da BR-153, a pavimentação da Estrada Boiadeira entre Porto Camargo e Campo Mourão, a criação do corredor ferroviário Paraná-Dourados-Cascavel além de obras no canal de navegação da hidrovia do Rio Paraná.

No início de fevereiro, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, havia adiantado à Gazeta do Povo que iria propor a inclusão da expansão do Afonso Pena na segunda edição do PAC. "Se for aprovada a inclusão e todos cumprirem a sua parte, o governo federal garante os recursos para a construção [da terceira pista]", disse na ocasião.

A construção da terceira pista é uma demanda que mobiliza o empresariado paranaense há mais de uma década. A ampliação do Afonso Pena deve elevar a capacidade operacional do aeroporto de 14 para 28 aeronaves por hora, entre pousos e decolagens. Isso possibilitaria, por exemplo, a transformação do terminal em um "hub" regional, concentrando no Paraná o atendimento aeroportuário de cargas e passageiros dos estados da região Sul, com reflexos positivos para a economia do estado.

Estudos técnicos preliminares indicam que a obra para a construção da terceira pista demandaria investimentos de até R$ 300 milhões e demoraria entre três e cinco anos para ficar pronta. Ainda no setor aeroportuário, o PAC 2 deve incluir a reforma e a ampliação do Aeroporto de Foz do Iguaçu, segundo principal destino turístico internacional do país.

Balanço

A segunda versão do PAC será lançada antes mesmo da conclusão dos principais projetos previstos na primeira parte do programa, lançado em 2007. Levantamento feito pela Gazeta do Povo em janeiro aponta que, das 20 principais obras previstas para o Paraná, apenas três foram concluídas. Sete permanecem paralisadas e dez estão em andamento.

Com o cancelamento de alguns projetos – como a construção de um poliduto ligando o Mato Grosso do Sul a Paranaguá, orçado em R$ 800 milhões e melhorias na malha ferroviária – por inviabilidade econômica, o estado deixará de receber R$ 1,3 bilhão em investimentos em relação ao previsto quando do anúncio do PAC.

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