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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio "estritamente institucional" ao governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, em audiência realizada na manhã desta quinta-feira (18), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Em nota, divulgada pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, o governo afirma que a questão do Distrito Federal está pendente de decisão no Supremo Tribunal Federal (STF), que analisará na próxima semana o pedido de intervenção federal, "não cabendo ao presidente da República qualquer opinião ou interferência".

"Definida a situação do Judiciário o governo federal estará pronto para tomar as atitudes cabíveis, visando a normalização da situação da administração e gestão do DF", afirma o texto. "Cabe à Suprema Corte dar os próximos passos. O governo federal estará preparado para tomar qualquer medida cabível que a Justiça determinar", completa Padilha

A postura do governo foi definida em reunião, que ocorreu pouco antes da audiência com o governador, entre o presidente e o ministro da Defesa, Nelson Jobim; o ex-procurador-geral da República e ex-ministro do STF José Paulo Sepúlveda Pertence; o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams; o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto; e o ministro Padilha, quando discutiram a situação política e a questão da linha sucessória no Distrito Federal.

No encontro com o governador, Lula reafirmou que determinou à Controladoria Geral da União (CGU) auditoria sobre o dinheiro liberado pelo governo ao Distrito Federal na gestão de José Roberto Arruda, acusado de comandar o suposto esquema de corrupção que envolve desvio de dinheiro público e pagamento de propina, no chamado "Mensalão do DEM"

Renúncia

Padilha disse que no encontro com o presidente, Paulo Octávio admitiu que avalia a possibilidade de renunciar ao cargo. E o Lula, segundo relato de Padilha, deixou claro que essa é uma decisão de foro íntimo. Em carta divulgada pela Presidência da República, o governador em exercício afirma que não tem ambições e que qualquer solução que ajude na superação da crise terá o seu apoio.

Ele afirma que quer servir para a retomada dos padrões mínimos de funcionamento e gestão da cidade e que está aberto ao diálogo. Na carta, o governador também agradece o apoio pessoal do presidente, embora a nota divulgada pela Presidência afirme que o apoio do governo federal é "estritamente institucional".

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