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A hipótese de que o padre Paulo Henrique Keler Machado tenha sido assassinado por alguém que pretendia assaltá-lo foi fortalecida com uma informação obtida pela polícia. Uma testemunha que ainda prestará depoimento teria dito extra-oficialmente que viu duas pessoas saírem correndo do carro do padre logo após o crime, ocorrido na madrugada da última segunda-feira, em Nova Iguaçu. Segundo o delegado da 52ª DP (Nova Iguaçu), Francisco Coelho, outras versões, como a de crime passional, também são investigadas.

Em depoimento à polícia, dois homens admitiram ter tido relacionamento com o padre. Um deles é um ex-seminarista, que prestou depoimento depois que a polícia encontrou uma carta de amor para o religioso. Segundo o delegado Francisco Coelho, que investiga o crime, a carta tinha elogios e agradecimentos a Paulo Henrique, mas o remetente se dizia também infeliz por ter sido abandonado.

O suspeito negou, no entanto, qualquer envolvimento no assassinato. Apesar disto, o depoimento do ex-seminarista foi considerado importante pelo delegado:

- Agora podemos ouvir pessoas que precisam ser ouvidas. A hipótese do crime estar ligado à chacina da Baixada está descartada.

O outro suspeito ouvido pela polícia contou que conheceu o religioso na última quarta-feira na Cinelândia, no Rio. Ele disse ter encontrado o padre na noite de domingo, em uma pizzaria, em Nova Iguaçu, mas negou ter participado do crime. Ele teve material colhido de suas mãos, no mesmo dia do crime, para exame de vestígio de pólvora.

O padre Paulo foi morto com cinco tiros disparados por alguém que viajava no banco de carona de seu Palio. Ele teve a carteira e o telefone celular roubados.

- Ele pode ter dado carona a alguém e tentou fugir quando percebeu que seria roubado, mas não descartamos totalmente nenhuma hipótese ainda - disse o delegado.

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