O candidato do PMDB à Prefeitura do Rio, Eduardo Paes, ex-crítico severo do presidente Lula na CPI do Mensalão, disse ontem ter pedido o apoio do petista em almoço, após ter esperado três horas pelo petista na Base Aérea de Santa Cruz (zona oeste do Rio).
O encontro terminou sem que Paes tivesse tido, por enquanto, sucesso em seu intento. Fernando Gabeira (PV), ex-aliado do presidente, agora sugere a neutralidade de Lula no processo eleitoral do Rio.
Na caça por apoios, Paes formalizou aliança com o PSB e aguarda além de PT, PDT, PC do B e PSC o PRB de Marcelo Crivella, com quem negocia cargos em um eventual mandato. Gabeira aceitou o apoio do DEM do prefeito Cesar Maia.
Paes disse ter tido uma conversa "ótima, excepcional", com Lula, "sobre o país", durante o almoço. Admitiu que não teve garantia imediata do apoio de Lula. "A decisão do presidente é a que será tomada pelos partidos da base aliada."
A decisão virá do PT do Rio, que, como Paes, diz estar "bem encaminhado" o acordo. Ter o PT do Rio, porém, não significa ter Lula, como ficou claro na total falta de empenho do presidente na candidatura do petista Alessandro Molon.



