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O pai de Liana Friedenbach, o advogado Ari Friedenbcah, pediu que os três acusados de matar sua filha e o estudante Felipe Caffé pediu para depor em sala separada para não ver os rostos dos assassinos da filha. Ele disse que espera que os acusados sejam condenados à pena máxima. Ele foi a quinta testemunha a depor no julgamento que ocorre na Câmara Municipal de Embu-Guaçu.

Ele falou sobre o relacionamento que tinha com a fila e sobre o namoro de Felipe com a jovem também relatou à juíza sobre a relação de Felipe com a família Friedenbach. Não é permitida presença de jornalistas durante os depoimentos.

- Minha esperança e que eles sejam condenados à pena máxima. Não estou falando só como pai, mas como cidadão. Acho que a sociedade espera essa resposta, que é a condenação de pessoas que são capazes de cometer uma verdadeira atrocidade sem motivo -a firmou o advogado.

Sobre a tese da defesa, de que os acusados foram coagidos por Champinha a cometer o crime, Ari foi enfático.

- Isso é uma aberração. Por mais que o Champinha seja psicopata - e ele é - os demais também participaram do assassinato, de forma ativa ou passiva. Esta é uma situação inequívoca e confessa - afirmou o pai de Liana.

Sobre a possibilidade de Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, ser libertado em novembro, após cumprir três anos de prisão na Fundação para o Bem-estar do Menor (Febem), Ari Friedenbach considerou um absurdo.

- Ele deve ser encaminhado a um manicômio judiciário para que não volte a matar - disse o advogado Ari.

Segundo ele, Champinha é um psicopata perigoso.

Ari disse que se o criminosos for solto, o Estado deve se responsabilizar por atos futuros dele.

Foi acordado que serão lidas 80 páginas das peças de processo. O julgamento tem previsão de acabar nesta quarta-feira.

Os três acusados, Antonio Matias de Barros, Agnaldo Pires e Antonio Caetano da Silva foram ouvidos pela manhã. Eles são acusados de formação de quadrilha, estupro, cárcere privado e homicídio. A defesa argumenta que eles agiram a mando de Champinha, o menor de idade.

No dia 31 de outubro de 2003, uma sexta-feira, os namorados Liana Friedenbach, de 16 anos, e Felipe Silva Caffé, de 19, saíram para acampar sem que seus pais soubessem. Ela disse à família que viajaria com alguns amigos. Os pais da garota desconfiaram quando Liana não voltou para casa no domingo, 2 de novembro.

Avisada do sumiço do casal, a polícia descobriu que os jovens foram vistos em Embu-Guaçu. Cerca de 200 policiais realizaram buscas pela região que duraram mais de uma semana. Os corpos dos dois foram localizados após a prisão de um menor, identificado como Champinha, que admitiu ter participado do crime. Felipe foi morto com um tiro na nuca e seu corpo estava num córrego. Antes de ser morta com 15 facadas, Liana ficou quatro dias em poder dos criminosos e sofreu abuso sexual.

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