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Reunião ministerial: terceiro encontro de Dilma com ministros desde o início do mandato | Ricardo Stuckert/Presidência
Reunião ministerial: terceiro encontro de Dilma com ministros desde o início do mandato| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência

Prazo

Justiça Eleitoral está sempre preparada, diz presidente do TSE

Agência Estado

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou ontem que a Justiça Eleitoral está pronta para organizar o plebiscito sobre a reforma política. "A Justiça Eleitoral está sempre preparada", disse a ministra ao ser indagada por jornalistas se será possível realizar a consulta a tempo de o Congresso aprovar as novas regras até outubro.

De acordo com estimativas informais de técnicos do tribunal, a consulta poderá ocorrer no início de setembro e deverá consumir um orçamento de cerca de R$ 500 milhões. Uma campanha institucional instruindo os eleitores sobre como votar no plebiscito poderá ser veiculada a partir de agosto.

Com a popularidade em queda livre e ameaças surgindo dentro da própria base aliada, a presidente Dilma Rousseff confirmou ontem que o plebiscito sobre a reforma política, que ela irá sugerir à Câmara e ao Senado hoje, tratará de questões referentes a financiamento de campanha e ao padrão de voto vigente. Dilma, no entanto, destacou que outros temas poderão ser incorporados e não deu nenhuma garantia do prazo para a realização do plebiscito – questão que, segundo ela, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir (veja mais na matéria ao lado).

Dilma interrompeu reunião ministerial na Granja do Torto, em Brasília, para anunciar a decisão. Segundo ela, não serão enviadas sugestões de perguntas, mas "linhas gerais" para a elaboração da consulta popular. "Amanhã [hoje] enviamos nossa sugestão no sentido de um plebiscito, apontando em linhas gerais as balizas que julgamos as mais importantes. Isso não significa que outras balizas e outros nortes não poderão aparecer", disse a presidente, em uma rara coletiva de imprensa.

Em relação ao prazo para a realização do plebiscito, Dilma afirmou que o Planalto ainda aguarda resposta do TSE. Além disso, a votação também dependerá do encaminhamento da discussão na Câmara e no Senado. "Não temos como definir isso, depende do prazo que der o TSE e do Senado e da Câmara."

Reunião

A presidente convocou ontem reunião ministerial após semanas de manifestações populares no país. É a terceira reunião ministerial que Dilma convoca desde o início do seu mandato. Outras aconteceram em 2011 e 2012, sempre no início do ano, geralmente para dar diretrizes da gestão no período.

Para reagir à queda em sua popularidade, Dilma definiu no fim de semana que vai priorizar a aprovação da proposta de plebiscito sobre a reforma política como uma das "portas de saída" para a atual crise. Mas já começam as pressões para que ela faça mudanças na área econômica.

Isso porque a equipe de Dilma classifica como dado "mais preocupante" o fato de a crise atual ter atingido o governo num momento já de queda na aprovação por causa do desempenho da economia. Há forte pressão interna para troca de nomes na área econômica e não só na articulação política do governo.

Durante a coletiva de ontem, porém, Dilma negou que pretenda realizar uma reforma ministerial.

A presidente também disse que não irá fazer cortes nos ministérios, nem reduzir o número de cargos. As despesas com a máquina têm sido apontadas como um dos alvos dos protestos. Na semana passada, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou uma série de medidas de redução do custeio da administração pública.

"Eu não farei demagogia de cortar cargos que eu não ocupo. Se eu não ocupo, eu não gasto. Eu tentarei olhar de onde e de que setor é possível fazer ajustes. Mas eu não faço demagogia", disse, ao reforçar que não faria cortes nas áreas sociais.

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