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O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci presta depoimento nesta quinta-feira no Departamento de Polícia Especializada em Brasília. Ele deve ser indiciado por carta precatória pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e falsidade ideológica no inquérito que apura superfaturamento em contratos de limpeza pública em Ribeirão Preto durante sua gestão como prefeito (2001 a 2002).

Segundo a Polícia Civil em Ribeirão Preto, as supostas irregularidades podem ter causado prejuízos de até R$ 30 milhões aos cofres públicos da cidade. Parte desse dinheiro, segundo o advogado Rogério Buratti, serviu para abastecer o caixa dois do PT com propinas mensais de R$ 50 mil, pagas pela empreiteira Leão & Leão à prefeitura nas gestões de Antonio Palocci (2001 a 2002) e seu sucessor Gilberto Maggioni (2002 a 2004).

O depoimento deve ser acompanhado pelo promotor Daniel de Angelis. O promotor Tiago Cintra Essado, que também iria a Brasília, não vai mais viajar. Ele afirma que não existe nada combinado com a Polícia Civil de Brasília sobre o interrogatório do ex-ministro.

O delegado seccional de Ribeirão Preto, Benedito Antônio Valencise, que até a semana passada garantia que iria ouvir pessoalmente o ex-ministro, não vai mais a Brasília. Desde que a viagem de Valencise foi cancelada ele não atendeu mais a imprensa. Funcionários do delegado comentam pelos corredores que ele ficou arrasado com a decisão "que veio de cima".

Já o titular do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (chefe de Valencise em Ribeirão Preto), Anivaldo Registro, nega as especulações.

- Valencise é o presidente do inquérito. A decisão de não ir a Brasília foi dele. Não teve interferência de ninguém.

A situação de desalento em que se encontra o ex-comandante da economia brasileira preocupa seus companheiros no governo e no Planalto. O ministro das Relações Institucionais, o petista gaúcho Tarso Genro, manifestou preocupação com Palocci, dizendo que vai fazer uma visita a ele . Perguntado sobre o estado de espírito do ex-ministro, ele foi sucinto:

- Está ruim.

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