Para 25,8%, governo é responsável pelo apagão. Avaliação do governo sobe

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Maior dor de cabeça do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde as eleições, a crise do setor aéreo parece não ter afetado a avaliação de seu governo neste segundo mandato. Cerca de 25% dos entrevistados da mais nova pesquisa CNT/Sensus considerarem que a responsabilidade pelo caos nos aeroportos é do governo federal,sim, mas a avaliação do desempenho geral do governo Lula melhorou 5,9 pontos percentuais em relação a agosto de 2006, passando de 43,6% para 49,5%. A avaliação regular caiu de 39,5% para 34,3%, enquanto a negativa caiu de 15,6% para 14,6%. É a terceira melhor avaliação positiva do governo Lula. A maior ocorreu em janeiro de 2003, quando atingiu 56,6%, seguida pela de maio de 2003, que ficou em 51,6%.

O levantamento mostra também o que a população pensa sobre segurança pública e violência. Para 90,9% dos entrevistados, a violência no Brasil aumentou. E a maior parte dos entrevistados (81,5%) apóia a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Apenas 14,3% das pessoas foram contra a medida

Do total, 82% acompanham ou ouviram falar da crise

A 88ª pesquisa Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) revela que 82% dos dois mil entrevistados têm acompanhado ou ouviram falar da crise aérea. Destes 82% que tomaram conhecimento, 25,8% consideram que a responsabilidade é do governo; 15,1% acham que é dos controladores, 10,9%, das companhias aéreas, 9,9%, da Aeronáutica, e 9,3%, da Infraero. Do total de entrevistados, 54,9% têm acompanhado a crise, 27,1% ouviram falar, 15% não têm acompanhado e 3,1% não souberam responder.

Aprovação pessoal de Lula também cresce

A aprovação pessoal de Lula também cresceu em relação a agosto de 2006, subindo 4,4 pontos percentuais, de 59,3% em agosto para 63,7% agora. A desaprovação caiu de 32,5% para 28,2%.

O cientista Ricardo Guedes, do instituto Sensus, atribuiu a melhora da avaliação e da aprovação a três fatores: economia equilibrada, aumento da geração de emprego e melhor distribuição de renda.

Para maioria, a própria cidade é pouco violenta

A pesquisa quis saber ainda como as pessoas classificam a cidade onde residem. A maioria (38,3%) a considera pouco ou nada violenta. A quantidade da população que a considera muito violenta ou violenta vem logo em seguida, com 34,8%. Já 26,1% acreditam que sua cidade é medianamente violenta.

Para o cientista político Ricardo Guedes, do Instituto Sensus, o resultado da pesquisa mostra que existe hoje uma percepção da violência maior do que a gravidade do problema em si.

O instituto quis saber também quem os entrevistados consideram responsáveis pela segurança pública. Para 34,5%, todos - governos federal, estadual e municipal - são responsáveis. Em seguida, estão apenas o governo federal (29,9%), estadual (16,7%) e municipal (12,6%).

A pesquisa entrevistou 2 mil pessoas em 136 municípios de 24 estados, entre os dias 2 e 6 de abril.