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O pacote de enxugamento de gastos e o corte de R$ 50 bilhões no orçamento da União deste ano provocaram reações diversas no Congresso. Parte dos governistas disse se tratar de um ato de responsabilidade fiscal do Palácio do Planalto (outros, reservadamente, reclamaram das medidas). Para a oposição, as medidas foram tomadas para conter a gastança desenfreada do governo Lula no ano passado, quando teria aberto as torneiras justamente para eleger Dilma Rousseff.

"É o tamanho da irresponsabilidade praticada na eleição", disse o líder do DEM na Câmara dos De­­putados, Antônio Carlos Maga­­lhães Neto. "Houve uma gastança desmedida. Estamos diante de uma responsabilidade solidária, porque é um governo de continuidade."

Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o anúncio mostra que o Brasil da expansão econômica absoluta vendido por Dilma em sua campanha eleitoral não era real: "Um corte como esse, inevitavelmente, deve comprometer in­­vestimentos importantes para a continuidade do crescimento."

O líder do PPS na Câmara, o paranaense Rubens Bueno, condenou o fato de o governo não mexer nos 22 mil cargos de confiança, mas suspender a nomeação de cerca de 40 mil aprovados em concursos públicos para a administração federal: "Mais uma vez, o governo do PT adota a seguinte prática – para a companheirada tudo, para o servidor público, para a carreira de Estado, nada".

Pelo menos no discurso, líderes dos partidos da base defenderam o corte de R$ 50 bilhões. O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixei­­ra, frisou que o governo priorizou o equilíbrio fiscal e disse que a receita no orçamento aprovado pelo Congresso estava superestimada: "Houve um olhar para o equilíbrio fiscal", disse.

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