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Um dia após o rompimento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com o governo da presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), afirmou que o PSDB acompanha “com preocupação” o agravamento do quadro político no país e defende as investigações de todas as denúncias de corrupção.

Em declaração evasiva, sem citar o nome do peemedebista, Aécio diz ainda que o partido continuará atento ao papel de “defender as nossas instituições para que elas cumpram suas funções constitucionais”.

A Folha de S. Paulo procurou o senador nesta sexta-feira (17) para repercutir a declaração de Cunha de que agora fará oposição ao governo, mas só obteve uma resposta na manhã deste sábado.

Desde que assumiu a presidência da Câmara, em fevereiro, Cunha contou com o apoio de siglas da oposição após derrotar o PT na disputa pelo comando da Casa.

O peemedebista acusa os petistas de incentivar as investigações sobre as suspeitas de que foi beneficiado pelo esquema de corrupção na Petrobras, revelado pela Operação Lava Jato.

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Isolamento

Mesmo com o rompimento com o governo e a declaração de que fará oposição, Cunha não recebeu apoio do próprio partido e aliados temem que ele fique isolado – apenas com seu grupo mais fiel – na trincheira que abriu contra o governo Dilma.

O PMDB veio a público dizer que continuará apoiando o governo. Principal aliado dos petistas no Congresso, o partido afirmou por meio de nota que a escolha do deputado é “a expressão de uma posição pessoal, que se respeita pela tradição democrática do PMDB”.

Os partidos da oposição também não saíram em defesa de Cunha e apenas classificaram como grave o anúncio do rompimento por aprofundar uma crise institucional no país.

Apenas o Solidariedade declarou apoio oficial a Cunha. Já o PSOL pediu seu afastamento da presidência da Câmara.

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