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Curitiba

Para Alvaro, Derosso tem de se afastar

Derosso: depoimento sobre sua mulher | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Derosso: depoimento sobre sua mulher (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

O senador Alvaro Dias (PSDB) defendeu ontem, em entrevista à rádio BandNews, o afastamento do presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso, também tucano. "É necessário. O afastamento é a primeira medida para que a investigação ocorra sem constrangimento. Como pode haver uma investigação eficiente se o investigado está no comando?", questionou o senador. Alvaro defendeu também que Derosso se afaste do próprio partido.

A declaração do senador não foi bem aceita pela bancada tucana da Câmara. Para o líder em exercício do prefeito, Serginho do Posto, era aconselhável consultar o resto do partido antes de se posicionar sobre esse assunto. "Em um momento como esse, sempre tenho defendido que as posições sejam tomadas em conjunto, como uma decisão partidária", afirmou.

Livre

Já o líder do PSDB na Casa, Emerson Prado, disse que o senador é livre para se manifestar a respeito de assuntos do partido, mas frisou que todas as providências estão sendo encaminhadas. "Nós vemos que a situação aqui está sendo cuidada, tudo está sendo investigado. Nós criamos CPI, temos o Conselho de Ética", comentou. "Acho que o senador deveria tratar de representar bem o Paraná lá em Brasília, com as investigações que deveriam ser feitas a respeito de tantos escândalos que vêm acontecendo."

A oposição ao prefeito Luciano Ducci (PSB), por outro lado, criticou Alvaro por ter supostamente dito que já tinha conhecimento de irregularidades na Câmara. "O senador Alvaro Dias disse, no final da entrevista, que eram acusações que ele já tinha conhecimento. É provável, que no andamento da CPI, ele seja convocado para dizer o que já sabia", destacou o líder da oposição, Algaci Túlio (PMDB).

Os vereadores da oposição também estudam entrar com um novo pedido de afastamento temporário de Derosso. O primeiro, feito por Renata Bueno (PPS), foi recusado pela Mesa Executiva e não chegou a ser votado. "Estamos amadurecendo essa conversa e esperando que, pelo bom senso, o próprio presidente entenda que [o afastamento] seria melhor. Até para preservar a própria Casa", disse Algaci.

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